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A TRAJETÓRIA DA INTERNACIONALIZAÇÃO DOS CARNAVAIS DO RIO DE JANEIRO: as escolas de samba, os bailes e as pândegas das ruas (1946-1963)

Tipo de documento:
Tese de Doutorado

Autor:
DANILO ALVES BEZERRA

Orientador:
ZELIA LOPES DA SILVA

Local:
UNESP

Data:
2016

Publicação - Livros / Artigos

Palavras-chave:
Escolas de Samba Carnaval Cario-ca Internaciona-lização Espetáculo Imprensa

Resumo:
Texto em formato digital: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=4878590

Os carnavais brincados entre os anos 1946-1963 se depararam com um campo cultural diverso em relação aos projetos culturais existentes. Os primeiros desfiles se deram no rescaldo da Segunda Guerra Mundial e dos discursos de paz a partir dela produzidos. Em seguida, o interesse público no poder aglutinador das escolas de samba promoveu uma divisão de sua entidade representativa. Assim, a partir da União Geral das Escolas de Samba nasceu a Federação Brasileira das Escolas de Samba, única oficializada pelo subsídio financeiro municipal. O estabelecimento de duas entidades representativas marcou substancialmente suas associadas, a cobertura da imprensa periódica e alçou novos protagonistas na cena carnavalesca. Após a reunificação desses desfiles, em 1952, o cenário de crescimento industrial e demográfico promoveu a descentralização dos folguedos de Momo em múltiplos redutos espalhados pela cidade. A multiplicação das possibilidades carnavalescas acompanhou, ao longo da década de 1950, o aumento do mercado consumidor que, por sua vez, inflacionava o preço de ingressos dos bailes, fantasias e adereços carnavalescos. Concomitantemente, as escolas de samba, formadas essencialmente por segmentos populares, dialogaram com setores da classe média promovendo luxuosas inovações alegóricas, plásticas e coreográficas em seus desfiles. Tal processo, aliado ao atendimento a um público diverso e cioso por diversão, direcionou as escolas de samba rumo ao espetáculo, à mercantilização de seus desfiles e à internacionalização dos carnavais brincados no Rio de Janeiro. O início da montagem de arquibancadas e a cobrança de ingresso, em 1963, para acompanhar esses desfiles, antes gratuitos, encerra uma parte da história, sempre complexa, dessas agremiações. A imprensa periódica do período, somada aos relatos dos protagonistas desses agrupamentos, constitui o corpo documental de fontes analisado sob a ótica da História Cultural.

Fontes:
Fontes
CORREIO DA MANHÃ. Rio de Janeiro 1946-1963.
O CRUZEIRO. Rio de Janeiro: Diários Associados 1946-1963
MANCHETE. Rio de Janeiro: Bloch Editores 1953-1963
Acervo “Depoimentos para a Posteridade” – Museu da Imagem e do Som
Acadêmicos do Salgueiro – 16/12/1967; 27/09/1984
Ivone Lara da Costa (Dona Ivone Lara) – 30/06/1978 e 23/07/2008
Império Serrano – 20/01/1968 e 16/10/1984
José Bispo Clementino dos Santos (Jamelão) - 26/07/1972
Estação Primeira de Mangueira – 12/09/1984
Natalino José Nascimento (Natal da Portela) - 01/11/1972
Paula da Silva Campos (Paula do Salgueiro) - 28/05/1999
Portela - 16/12/1967
Bibliotecas e acervos consultados
Arquivo Nacional – Rio de Janeiro
Biblioteca “Acácio José Santa Rosa” – Unesp/Assis
Biblioteca da Escola de Comunicação e Artes – ECA – USP/São Paulo
Biblioteca do Museu de Arte de São Paulo “Assis Chateaubriand” – MASP – São Paulo
Bibliothèque Nationale de France – Inathèque – BnF – Paris
Bibliothèque Sainte-Geniviève – BSG – Paris
Centro de Documentação e Apoio à Pesquisa – Cedap – Unesp/Assis
Museu da Imagem e do Som – MIS – Rio de Janeiro