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Rio de Janeiro que eu sempre hei de amar (1954): cidade e música

Tipo de documento:
Dissertação de mestrado

Autor:
LUCAS JURADO TAONI

Orientador:
FABIANA LOPES DA CUNHA

Local:
UNESP

Data:
2017

Publicação - Livros / Artigos

Palavras-chave:
Rio de Ja-neiro Sinfonia do Rio de Janeiro Billy Blanco e Tom Jobim

Resumo:
Texto em formato digital: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5531588

A música, desde pelo menos meados do século XIX, cumpriu um importante papel para a organização simbólica da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, qual seja, ajudar a construir sua identidade, sua versão comunitária a ser consagrada. Nesse sentido, é sintomático observar que o rótulo histórico de “Cidade Maravilhosa” é, na verdade, trecho de uma marchinha carnavalesca, de autoria de André Filho (1934). Assim, esta dissertação de mestrado aborda uma continuidade desta tradição identitária, a partir de análises da fonte “Sinfonia do Rio de Janeiro” (1954), autoria de Billy Blanco e Tom Jobim, no sentido de entendê-la no seu contexto e refletir sobre suas mensagens.

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