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O NORTE DA CANÇÃO: MÚSICA ENGAJADA EM BELÉM NOS ANOS 1960 E 1970
Tipo de documento:
Tese de Doutorado
Autor:
CLEODIR DA CONCEICAO MORAES
Orientador:
ADALBERTO DE PAULA PARANHOS
Local:
UFU/MG - DH
Data:
2014
Publicação - Livros / Artigos
Palavras-chave:
Canção popular Engajamento Belém História
Resumo:
Resumo: Texto em formato digital: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1336294
Muito já se falou, sob diversos ângulos, a respeito da canção engajada no Brasil: os compositores e as músicas consagradas no mainstream nacional, a inserção na indústria fonográfica, as temáti-cas privilegiadas, a exemplo do dia-que-virá, o caráter de resistência e o papel central desem-penhado no processo de institucionalização da MPB como importante complexo sociocultural na vida musical do país entre meados dos anos 1960 e a década de 1970. Esta pesquisa preten-de trazer para o debate um viés diferente, mas interconectado a essa história, partindo do su-posto de que esse proceder cancional expressou-se de forma bastante heterogênea por todo o território brasileiro e por isso seus parâmetros precisam ser revisitados e examinados à luz de outras experiências históricas, que não se restringem aos centros hegemônicos onde têm se concentrado as pesquisas mais significativas. Nesse período, também estava em curso em Belém um efervescente processo de renovação em distintas linguagens artísticas, como nas artes plás-ticas, na poesia, no cinema, no teatro e na música popular, no qual sobressaiu a preocupação de enfocar aspectos da realidade local, sem se prender a um regionalismo estreito. Nesse diapasão, os compositores paraenses afinados com a MPB imprimiram um sentido de engajamento à can-ção popular, ao mesmo tempo em que forjaram espaços de produção e disseminação de sua arte. No plano musical, eles dialogaram com os movimentos nacionais (bossa nova, canção de protesto e tropicalismo) e valeram-se do diversificado leque de expressões musicais populares, urbanas e rurais (o merengue, o bolero, o carimbó), em sua oficina de trabalho. Procuraram, assim, se posicionar criticamente e transmitir o seu recado num contexto no qual pesava sobre eles a dura realidade da ditadura, das limitações das liberdades individuais e coletivas, da cen-sura, das prisões arbitrárias e dos projetos desenvolvimentistas e de integração nacional, que mexia com o modo de vida de muitos paraenses. Isso tudo contribuiu para que se conferissem novos sentidos, estéticos e políticos, à canção engajada. Esta investigação visa dar a eles maior visibilidade e ajudar na sua compreensão.
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Igreja libera apresentação da peça “Jesus Freaks” por grupo teatral de Belém. Jornal do
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BARATA, Ruy. Entrevista concedida ao jornalista Carlos Roque. Belém: Museu da
Imagem e do Som, s./d.
FERREIRA, José Maria de Vilar. Entrevista concedida ao autor. Belém, 1. mar. 2012.
LOUREIRO, João de Jesus Paes. Entrevista concedida ao MIS/PA. Belém, 2 out. 1996
(FV-99/08.1).
LOUREIRO, João de Jesus Paes. Entrevista concedida ao autor. Belém, 9 out. 2012.
MARTINS, Fernando Jares. Entrevista concedida ao autor. Belém, 10 fev. 2013.
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RIBEIRO, Maria Celeste de Campos. Entrevista concedida ao autor. Belém, 2 mar. 2013.
SALLES, Geraldo. Entrevista concedida ao autor. Belém, 5 maio 2014.
TAPAJÓS, Renato. Entrevista concedida ao MIS/PA. São Paulo, 1991.
TOURINHO, Nazareno. Entrevista concedida ao autor. Belém, 6 abr. 2014.
TUPINAMBÁ, Pedro. Carimbó. Folha do Norte, Belém, 5 fev. 1961.
Locais de pesquisa
Biblioteca da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).
Biblioteca Estadual Arthur Vianna, da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves
(Centur): Periódicos, Obras Raras, Audiovisuais, Hemeroteca e Fonoteca Satyro de Mello.
Museu da Imagem e do Som do Pará (MIS/PA): fitas K-7 e UHS, CDs e arquivos digitais.
Universidade Federal do Pará:
Biblioteca Central Clodoaldo Beckmann;
Arquivo Geral;
Museu da UFPA, Acervo Vicente Salles.