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VILLA-LOBOS, O EDUCADOR: CANTO ORFEÔNICO E ESTADO NOVO

Tipo de documento:
Tese de Doutorado

Autor:
MARIA DAS GRACAS REIS GONCALVES

Orientador:
GUILHERME PAULO CASTAGNOLI PEREIRA DAS NEVES

Local:
UFF

Data:
2017

Publicação - Livros / Artigos

Palavras-chave:
Estado Nacionalismo Villa-Lobos Ensino Musical Música

Resumo:
Resumo: Texto em formato digital: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=5073951

Esta pesquisa tem como tema a proposta pedagógica de ensino musical, através das aulas de canto orfeônico, apresentada por Heitor Villa-Lobos nos anos trinta e implantada nas escolas primárias e secundárias, inicialmente do Distrito Federal e, depois para todo o país, durante o Estado Novo. Ao apontar suas articulações sociais, buscar-se-á esclarecer como e por que essa proposta pode mobilizar não só o Estado e políticos de diferentes tendências, como também, numerosos professores, alunos e um extenso público. Buscar-se-á também uma reflexão sobre a linguagem musical desenvolvida pelo maestro que, ao mesclar elementos da música erudita com a música popular, buscando uma musicalidade nacional, deixou transparecer suas posições políticas e revelou uma nova forma de retratar o Brasil. Villa-Lobos acreditava no caráter sociali-zador da música e que a prática escolar desse ensino, no seu dia a dia, contribuiria para a cons-trução de um ambiente de solidariedade e de consciência coletiva, importantes para a convi-vência em grupo. Ao reconhecer no “movimento renovador” de 1930 a chance de realização de um programa de educação musical popular, cuja base mais importante estaria no canto coletivo como meio de uma educação estética, social e artística, instrumento de promoção de novos hábitos de disciplina, de civismo entre crianças e jovens escolares, o canto orfeônico veio a ocupar um espaço importante dentro dessa proposta política, ao viabilizar uma pedagogia de mobilização, através da música, como um dos caminhos possíveis para se alcançar a harmonia social. Portanto, considerar a música enquanto um espaço de luta, resultado de um processo histórico significa, sobretudo, vê-la como um campo onde diversos discursos, aspirações, senti-mentos e crenças se entrelaçaram. Nesta perspectiva, a música e a política se encontraram.

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Jornal Diário Carioca, Rio de Janeiro, 1935 e 1938. Disponível em
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Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 1919, 1940, 1977 e 1987. Disponível em
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www.acervo.estadao.com.br
Jornal O Globo. Rio de Janeiro, 1929, 1932, 1935, 1939 e 1940. Disponível em
www.acervo.oglobo.globo.com
Jornal O Imparcial. Rio de Janeiro, 1915. Disponível em www.bndigital.gov.br/hemerotecadigital
Jornal O Jornal. Rio de Janeiro, 1925, 1931, 1932, 1942 e 1948. Disponível em
www.bndigital.gov.br/hemeroteca-digital
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