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Fazer-se compositor: Camargo Guarnieri 1923-1945
Tipo de documento:
Tese de Doutorado
Autor:
André Acastro Egg
Orientador:
Eugênio, Marcos Francisco Napolitano de
Local:
USP - FFLCH
Data:
2010
Publicação - Livros / Artigos
Palavras-chave:
Camargo Guarnieri Compositor História da música
Resumo:
Texto em formato digital: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-03032011-163716/pt-br.php
Este trabalho é um estudo a partir da correspondência de Camargo Guarnieri, das partituras de sua Obra de difusão interdita e de outras obras compostas entre 1928 e 1945. Nas cartas trocadas e nas partituras estão a relação com os professores de composição e os intelectuais e críticos com os quais o compositor trabalhou em colaboração no processo de fazer-se compositor sinfônico. Lamberto Baldi, Mário de Andrade, Curt Lange, Luiz Heitor, Charles Koechlin, Charles Seeger, Carleton Sprague Smith, Aaron Copland foram os interlocutores privilegiados desse processo no qual Guarnieri lutou para superar as limitações do meio musical brasileiro. Estabelecendo relação entre as obras e as demandas e comentários suscitados por elas, considerou-se que a composição da Sinfonia n° 1 entre 1942-44 e sua estréia em 1945 foi a culminância desse processo em que se construiu um compositor como reflexo e símbolo de seu meio musical, no âmbito das relações do modernismo, do Estado varguista, do americanismo musical, e da política de boa vizinhança e dos interesses do mercado de música sinfônica nos Estados Unidos.
Fontes:
1. Fontes consultadas:
1.1. Documentos em arquivos:
1.1.1. Fundo Camargo Guarnieri do Arquivo do Instituto de Estudos Brasileiros (IEBUSP)
correspondência recebida de Luiz Heitor Correa de Azevedo
correspondência recebida de Charles Seeger
correspondência recebida de Carleton Sprague Smith
correspondência recebida de Charles Koechlin
correspondência recebida de Aaron Copland
partituras da colação “obra de difusão interdita”
recortes de jornal
1.1.2. Acervo Curt Lange da Biblioteca Central da UMFG
correspondência enviada por Camargo Guarnieri
correspondências diversas enviadas e recebidas por Curt Lange
1.1.3. Sala Mozart de Araújo do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB-RJ)
documentos diversos (correspondências, fotos e material impresso) em pastas identificadas
com o nome dos compositores Camargo Guarnieri e Francisco Mignone
1.2. Artigos de jornal e outros periódicos
artigos diversos do New York Times na década de 1940, consultados pelo serviço de pesquisa
oferecido no web site do jornal.
CAMARGO GUARNIERI, “Mestre Mário” in Revista Brasileira de Música, vol. IX, 1943,
p. 13-17.
DOWNES, Olin. “WPA Music Projetc. Thought it is not ended, its program has been
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curtailed seriously”, New York Times, 10/5/1942.
MIGNONE, Francisco. “Como conheci Mário de Andrade” in Revista Brasileira de
Música, vol. IX, 1943, p. 17-19.
SEEGER, Charles “Inter-American Relations in the Field of Music - some basic
considerations”, Music Educators Journal, v.27, n. 5, Mar-apr 1941, p.17.
1.3. Livros:
ABREU, Maria. “Camargo Guarnieri – o homem e episódios que caracterizam sua
personalidade.” in SILVA, Flávio. Camargo Guarnieri: o tempo e a música. São Paulo/Rio
de Janeiro: Imprensa Oficial/FUNARTE, 2001. p. 33-55.
ANDRADE, Mário de. Música, doce música. São Paulo: Martins, 1963. Coleção obras
completas de Mário de Andrade, volume VII.
_____. Ensaio sobre a música brasileira, 3ª ed. São Paulo/Brasília: Martins/INL-MEC, 1972.
_____. Música e jornalismo: Diário de São Paulo. (organização de Paulo Castanha) São
Paulo: HUCITEC, 1993.
AZEVEDO, Luiz Heitor Correa de. 150 anos de música no Brasil: 1800-1950. Rio de
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BELARDI, Armando. Vocação e arte: memórias de uma vida para a música. São Paulo:
Casa Manon, 1986.
KOECHLIN, Charles. Étude sur les notes de passage. Paris: J. Lojier, 1922.
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_____. Traité de l’Harmonie. 3 volumes. Paris: Max Eschig, 1927-1930
_____. Étude sur l’écriture de la fugue d’école. Paris: Max Eschig, 1933.
_____. Théorie de la musique. Paris: Heugel, 1935.
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_____. Depoimento a Aloísio Alencar Pinto, Edino Krieger, Guiherme de Figueiredo e
Ricardo Cravo Albin. Rio de Janeiro: Fundação Museu da Imagem e do som, 1991. Coleção
Depoimentos.
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expressões de uma vida. São Paulo: EDUSP/Imprensa Oficial, 2001. p. 15-60.
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VERÍSSIMO, Érico. Gato preto em campo de neve. 23ª ed. São Paulo: Globo, 1997.
1.4. Partituras
CAMARGO GUARNIERI. Encantamento. São Paulo: Criadores do Brasil/OSESP, 2008.
edição Vitor Hugo Toro, revisão Maria Elisa Pasqualini.
_____. Sinfonia n° 1. São Paulo: Criadores do Brasil/OSESP, 2008. edição Maurício de
Bonis, revisão Antônio Ribeiro.
1.5. Audiovisual
“Camargo Guarnieri. 3 concertos para violino e a missão”. DVD, Centro Cultural São Paulo,
2010. Inclui a filmagem dos concertos, o documentário Notas soltas sobre um homem só
(direção de Carlos Mendes), e partituras dos concertos (edição de Lutero Rodrigues).
2. Bibliografia de apoio:
2.1. Obras de referência
ENCICLOPÉDIA da Música Brasileira. 2. ed. São Paulo: Art/Publifolha, 1998.
THE NEW GROVE Dictionary of Music and Musicians. London: MacMillan, 2001.
2.2. Artigos de periódicos e capítulos de livros coletivos:
ABREU, Marcelo de Paiva. “O Brasil e a economia mundial (1929-1945)”, in Boris Fausto,
Historia Geral da Civilização Brasileira. Tomo III – O Brasil Republicano. Volume 4 –
Economia e cultura (1930-1964). São Paulo: DIFEL, 1984. p. 11-49.
LACERDA, Osvaldo. “Meu professor Camargo Guarnieri”, in SILVA, Flávio. (org.)
Camargo Guarnieri. O tempo e a música. São Paulo/Rio de Janeiro: Imprensa
Oficial/FUNARTE, 2001. p. 57-67.
MORILA, Ailton Pereira. “Antes de começarem as aulas: polêmicas e discussões na criação
do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo” in Per Musi, n° 21, jan-jul 2010, p. 90-
96.
NAPOLITANO, Marcos; WASSERMANN, Maria Clara. “Desde que o samba é samba: a
questão das origens no debate historiográfico sobre a música popular brasileira.” In Revista
Brasileira de História. v. 20, n. 39, 2000. p. 167-189.
PRADO, Maria Ligia Coelho. “Davi e Golias: as relações entre Brasil e Estados Unidos no
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século XX”, in MOTA, Carlos Guilherme. (org.) Viagem incompleta. A experiência
brasileira (1500-2000). vol. 2 – A grande transação. São Paulo: SENAC/SESC, 2000. p.
321-347.
2.3. Teses e dissertações:
AZEVEDO E SOUZA, Carlos Eduardo de. Dimensões da vida musical no Rio de Janeiro:
de José Maurício a Gottschalk e além, 1808-1889. Tese de doutorado, IFCS-UFRJ, 2003.
BUSCACIO, Cesar. Americanismo e nacionalismo musicais na correspondência de Curt
Lange e Camargo Guarnieri (1934-1956). Tese de doutorado, IFCS-UFRJ, 2009.
CARDOSO, Lino de Almeida. O som e o soberano. Uma história da depressão musical
carioca pós-Abdicação (1831-1843) e de seus antecedentes. Tese de doutorado, FFLCH-USP,
2006.
CHERÑAVSKI, Analía. Um maestro no gabinete: música e política no tempo de VillaLobos. Dissertação de mestrado, IFCH-UNICAMP, 2003.
CONTIER, Arnaldo. Brasil novo. Música, nação e modernidade. Os anos 20 e 30. Tese de
livre docência. FFLCH-USP, 1988.
EGG, André. O debate no campo do nacionalismo musical no Brasil dos anos 1940 e 1950:
o compositor Guerra Peixe. Dissertação de mestrado, DEHIS-UFPR, 2004.
GONÇALVES, Fernando Rauber. Neoclassicismo e nacionalismo no segundo concerto para
piano e orquestra de Camargo Guarnier. Dissertação de mestrado, IA-UFRGS, 2009.
GROSSI, Alex Sandra de Souza. O idiomático de Camargo Guarnieri nos 10 improvisos
para piano. Dissertação de mestrado, ECA-USP, 2002.
MACHADO NETO, Carlos Gonçalves. O enigma do homem célebre: ambição e vocação de
Ernesto Nazareth (1863-1934). Música, história e literatura. Tese de doutorado, FFLCHUSP, 2004.
PIRES JR, Sidney. Embates de um intelectual modernista. Papel do intelectual na
correspondência de Mário de Andrade. Tese de doutorado, FFLCH-USP, 2004.
QUINTERO RIVERA, Mareia. Repertório de indentidades: música e representação do
nacional em Mário de Andrade (Brasil) e Alejo Carpentier (Cuba). (décadas de 1920-1940).
Tese de doutorado, FFLCH-USP, 2002.
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suas sinfonias. Dissertação de mestrado, IA-UNESP, 2001.
SILVA, Janaína Girotto da. “O Florão mais Belo do Brasil”: O Imperial Conservatório de
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TACUCHIAN, Maria de Fátima Granja. Panamericanismo, propaganda e música erudita:
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Estados Unidos e Brasil (1939-1948). Tese de Doutoramento, FFLCH-USP, 1998.
2.4. Livros:
ALVIM CORREA, Sérgio Nepomuceno. Orquestra Sinfônica Brasileira 1940-2000. Rio de
Janeiro: FUNARTE, 2004.
ANDERSON, Benedict. Comunidades imaginadas: reflexões sobre a origem e a difusão do
nacionalismo. São Paulo: Cia. das Letras, 2008.
ÂNGELO, Ivan. 85 anos de cultura: história da Sociedade de Cultura Artística. São Paulo:
Studio Nobel, 1998.
BRITO CHAVES JR, Edgar de. Memórias e glórias de um teatro. Sessenta anos de História
do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Companhia Editora Americana, 1971.
CONTIER, Arnaldo. Música e ideologia no Brasil. São Paulo: Novas Metas, 1978.
DINIZ, André. O rio musical de Anacleto de Medeiros: a vida, a obra e o tempo de um
mestre do choro, Rio de Janeiro: Zahar, 2007.
FLECHET, Anaïs. Villa-Lobos à Paris: un écho musical du Brésil. Paris: L'Harmattan,
2004.
GARCIA, Tânia. O “it verde e amarelo” de Carmen Miranda (1930-1946), São Paulo:
Annablume/FAPESP, 2004.
GRIFFITHS, Paul. A música moderna. Uma história concisa e ilustrada de Debussy a
Boulez. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
GUÉRIOS, Paulo. Heitor Villa-Lobos: o caminho sinuoso da predestinação. Rio de Janeiro:
FGV, 2003
HOBSBAWM, Eric. A era das revoluções, Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.
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MAMMI, Lorenzo. Carlos Gomes. São Paulo: Publifolha, 2001.
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