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"Desafiando o coro dos contentes": Torquato Neto e a produção cultural brasileira nas décadas de 1960-70
Tipo de documento:
Tese de Doutorado
Autor:
Alves, Valéria Aparecida
Orientador:
Matos, Maria Izilda Santos de
Local:
PUC-SP
Data:
2011
Publicação - Livros / Artigos
Palavras-chave:
Ditadura Militar Torquato Neto
Produção cultural 1960-70 Música Popular Brasileira
Tropicália
Resumo:
Texto em formato digital: https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/12677
A pesquisa ora apresentada privilegiou como objeto de estudo Torquato de Araújo Neto. Sujeito que vivenciou as transformações políticas, econômicas e culturais ocorridas entre o final dos anos 50 e início da década de 1970. Participante ativo do tropicalismo musical e da produção do cinema marginal ou underground, ocupou espaço privilegiado a imprensa para debater e explicitar o contexto vivido. Buscou-se a partir da análise da trajetória e discurso de Torquato Neto, problematizar a produção cultural brasileira durante o período de vigência do autoritarismo e discutir as propostas de renovação para a Música Popular Brasileira, o debate entre artistas e intelectuais e as diversas formas de resistência. As fontes utilizadas para o desenvolvimento da pesquisa foram: as letras das canções, as colunas Música Popular , publicada no jornal dos Sports, no ano de 1967, Plug , no Correio da Manhã e Geléia Geral , no jornal Última Hora, ambos na década de 1970, além de cartas, anotações e poemas, as imagens produzidas sobre o movimento tropicalista, encontradas nas capas dos discos, nas fotos publicadas na imprensa, nos jornais O Estado de São Paulo, Folha de São Paulo e Folha da Tarde e na revista Veja, além dos vídeos que registraram a performance de seus integrantes nos palcos. Através desta pesquisa, conclui-se que durante o período de ampliação das medidas de cerceamento das liberdades e repressão, uma parcela de artistas e intelectuais resistiu ao arbítrio e protestou contra a ordem estabelecida, assumindo a defesa de que Criar é resistir . Produziram à margem, buscaram espaços alternativos e uma nova linguagem estética. Assumiram uma postura anárquica em relação à ordem política e cultural. Reivindicavam liberdade, em todos os sentidos, e Torquato Neto foi porta-voz dessa defesa
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4 out., 2º Caderno p. 3 – Linha dura ameaça o Festival.
6 out., 2º Caderno, p. 3. – Festival: hoje é dia de surpresa.
12 out., 2º Caderno, p. 3 – Festival cria “som universal”.
14 out., 2º Caderno, p. 3 – Hoje no Festival: uma noite de contraste.
20 out., 2º Caderno, p. 3 – Festival: amanhã os vencedores.
21 out., 2º Caderno, p. 3 – Hoje: fim do Festival em SP.
24 out., 2º Caderno, p. 3 – Rio: “Margarida” vence no Festival da Canção.
25 out., 2º Caderno, p. 3 – Rio: amanhã o início do Festival Internacional.
27 out., 2º Caderno, p. 3 – Internacionais cantam no Rio.
28 out., 2º Caderno, p. 3 – Festival entrega Violas e Sabiás.
25 nov. , Folha Ilustrada, p. 1 – Vandré: música deve representar o povo.
→ JORNAL DA TARDE
1967
9 set., p. 13 – Compor, cantar e vencer, é o festival.
30 set., p. 8-9 – O ultimo ensaio, agora o festival.
2 out., p. 24 – O mau começo de Jair e do festival.
4 out., p. 8 – Gil espera tranqüilo outra vaia.
6 out., p. 10 – Hoje é dia de briga no festival.
7 out., p.14 – Queriam por fogo nos jurados.
9 out., p. 16 - Festival tem mais pra mostrar. Entre Ponteio e a viola há um domingo.
10 out., p. 10 – Os Mutantes, ié, ié, ié em missão de paz.
13 out., p. 13 – Festival é mais que viola.
323
16 out. p. 24 – Por merecimento a Villa, deve ser de Gilberto Gil.
17 out., p. 18 – O festival vai mudar por causas das vaias.
20 out., p. 8 – A música é Gil, é pop, a música é pop, é Veloso.
21 out., p. 16 – É apenas o ensaio de uma grande noite.
23 out., p. 13 – Êles já tem uma viola para mostrar.
1968
13 set., p. 14 – Tomates contra a vitória de Caetano.
16 set., p. 23 – As vaias não deixaram Caetano cantar vitória.
17 set., p. 14 – Brigas, festivais, música. A crítica de Caetano.
23 set., p. 24 - Chegou a hora da viola de ouro.
27 set., p. 15 – No Rio, a primeira noite foi dos paulistas.
22 out. p. 15 – E deste nôvo festival, o que vai ficar?
29 out., 1968, p. 15 – Foi de Caetano a estréia do Divino Maravilhoso.
14 nov., p. 14 – Música? Foi um festival de fantasias.
15 nov., p. 10 – Vai ser um festival sem vaias?
10 dez., p. 29-30 – Depois da vitória, duas festas na Augusta
21 dez., p. 4 – A história de um novo ídolo: Tom Zé.
29 dez., p. 42-43 – Dezoito músicas, uma guerra.
→ O ESTADO DE SÃO PAULO
8 abr. 2010. Caderno 2 – D3. “Uma noite em 67” (documentário)
21 jul. de 2010. Caderno 2 – D 5. “Uma noite em 67” (documentário)
→ REVISTA VEJA
25 set., 1968, p. 68-69 – Um festival de protestos.
9 out., 1968, p. 54-56 – As combatidas flores de Geraldo Vandré.
16 out. 1968, p. 58-60 – Com eles, briga na certa.
23 out. 1968, p. 60-61 – Viola repartida.
13 nov.1968, p. 54-55 – Existe algo de concreto nos baianos.
20 nov.1968, p. 54-56 – Um Festival ligado na tomada.
27 nov. 1968, (capa) p. 64-67 – Música Popular: O protesto de ontem e hoje.
11 dez.1968, p.58-60 – A festa acabou.
25 dez.1968, p. 56 – A Bossa é nossa, mas leva quem paga mais.
324
08 jan.1969, p. 62-63 – “Robertus Carolus I” Marido e pai, com um novo LP nas
paradas de sucesso, o Rei tem mais um título: o Inimitável.
→ CORREIO DA MANHÃ
PIRES, Paulo Roberto (Org.). Torquato Neto: Torquatália – Geléia Geral. Rio de Janeiro: Rocco,
2004. p.185-95.
Coluna Plug
12 jun. 1971 – Cinemateca. Cruz (câmera)
19 jun. 1971 – O cinema falado. O capitão bandeira é o filme do plá (Calmon bate
papo com Torquato).
→ JORNAL DOS SPORTS
PIRES, Paulo Roberto (Org.). Torquato Neto: Torquatália – Geléia Geral. Rio de Janeiro: Rocco,
2004. p.25-183.
Coluna Música Popular
7 mar. 1967 – Cordiais Saudações ...
10 mar.1967 – A propósito de um cantor de rock
15 mar.1967 - Catulo
18 mar. 1967 – Capinam – dá as cartas
19 mar. 1967 – O pior disco de Ataulfo
23 mar. 1967- Vamos ao zum-zum
24 mar. 1967 – (sem título) Entrevista com Nélson Motta
28 mar. 1967 – (sem título)
29 mar. 1967 – Ataulfo, novamente
30 mar. 1967 - (sem título)
9 abr. 1967 – Opinião de Sidney (Entrevista com Sidney Miller)
11 abr. 1967 - Discos
18 abr. 1967 - Da correspondência
23 abr. 1967 – Caymmi, graças a Deus e Da odeon
25 abr. 1967 – Uma noite edificante
26 abr.1967 – Uma noite edificante (2)
11 mai. 1967 – Capa & contracapa (fim)
20 mai. 1967 – Pra quem não gosta de Chico e Várias.
23 mai. 1967 – Três tópicos: I – Festivais; 2 – Opinião de Gil e 3 – A noite.
1º de junho de 1967 – Capinam, poeta
325
10 jun. 1967 – Paradas, discos e bureau e Várias.
13 jun. 1967 – Vai fazer um ano!
22 jul.1967 – Chico, volume dois e Geral
2 ago. 1967 – Compositores e urubus
22 ago.1967 – O artigo do dia e Geral
24 ago. 1967 – Reginaldo dá as cartas (Entrevista com Reginaldo Bessa)
26 ago. 1967 – Geral & geral
8 set.1967 – Da discoteca
27 set. 1967 – Compositores e críticos (Trecho com comentários de Gilberto Gil e
Caetano Veloso)
→ ÚLTIMA HORA
PIRES, Paulo Roberto (Org.). Torquato Neto: Torquatália – Geléia Geral. Rio de Janeiro: Rocco,
2004. p.197-381.
Coluna Geléia Geral
19 ago. 1971 – Cordiais saudações
26 ago. 1971 - Problemão
29 ago. 1971 - As travessuras de superoito
18 set. 1971 – Em tudo quanto é boca e Porque hoje é sábado
1º out. 1967 – Mais desfrute, curta e Frutas na feira
16 out. 1971 – A todo vapor e Os transeiros
4 nov. 1971 – Saudades de Macau [Jards Macalé]
5 nov. 1971 – Mal iniciado, mas iniciado e Asfixia
6 nov. 1971 – Mastigando um sapo e inhos demais
10 nov. 1971 – Ondas musicais
15 nov. 1971 – Transas, transas, transas
16 nov. 1971 – Literato cantabile
17 nov. 1971 – Por hoje, acabaou
24 nov. 1971 – Baixo astral
25 nov. 1971 – Esse tiro vai sair pela culatra e Olha aí
26 nov. 1971 – Em material de proforice e Experiência
30 nov. 1971 - Filmes
13 dez. 1971 – Na segunda se volta ao trabalho
11 jan 1972 – Mixagem alta não salva burrice
326
20 jan. 1972 – Baião de sempre
26 jan 1972 – O tal trivial
8 mar. 1972 – Luiz Gonzaga volta pra curtir e Fique sabendo
10 mar. 1972 – Na corda bamba
→ ROTEIRO DE TV
PIRES, Paulo Roberto (Org.). Torquato Neto: Torquatália – do lado de dentro. Rio de Janeiro:
Rocco, 2004. p.65-85.
“Vida, paixão e banana do tropicalismo” (1967-1968), de José Carlos Capinam e
Torquato Neto.
→ CORRESPONDÊNCIAS
PIRES, Paulo Roberto (Org.). Torquato Neto: Torquatália – do lado de dentro. Rio de Janeiro:
Rocco, 2004. p.209-89.
HÉLIO OITICICA
Nova York, 18 de junho de 1971
Nova York, 10 de agosto de 1971
Nova York, 24 de novembro de 1971
TORQUATO NETO
Rio, 13 de junho de 1971
Rio, 16 de julho de 1971
Rio, 16 de julho de 1971
Rio, 9 de novembro de 1971
Rio, 21 de dezembro de 1971
Rio, 7 de junho de 1972
→ CANÇÕES DE TORQUATO NETO
PIRES, Paulo Roberto (Org.). Torquato Neto: Torquatália – do lado de dentro. Rio de Janeiro:
Rocco, 2004. p.87-149.
1965
MEU CHORO PRA VOCÊ (com Gilberto Gil). Inédita em disco.
1966
A RUA. Gravação: Gilberto Gil em Louvação (1967).
327
LOUVAÇÃO (com Gilberto Gil) Gravação: Elis Regina e Jair Rodrigues em Dois na
Bossa número 2 (1966); Gilberto Gil em Louvação (1967).
LUA NOVA (com Edu Lobo). Gravação: Edu Lobo e Maria Bethânia em Edu e
Bethânia (1966).
MINHA SENHORA. Gravação: Caetano Veloso e Gal Costa em Domingo (1967);
Gilberto Gil em Louvação (1967).
PRA DIZER ADEUS. Gravação: Elis Regina em Elis (1966); Edu Lobo e Maria
Bethânia em Edu e Bethânia (1966); Edu Lobo (versão em inglês “To say goodbye”)
em Sérgio Mendes presents Lobo (1970); Edu Lobo e Tom Jobim em Tom & Edu
(1981); Nouvelle Cuisine em Free Bossa (2000).
RANCHO DA BOA VINDA. Inédita em disco.
RANCHO DA ROSA ENCARNADA. (com Geraldo Vandré).Gravação: Gilberto Gil
em Louvação (1967) e Geraldo Vandré, em compacto simples (1966).
VELEIRO. Gravação: Edu Lobo e Maria Bethânia em Edu e Bethânia (1966); Elis
Regina em Elis (1966).
VENTO DE MAIO. Gravação: Wilson Simonal em Vou deixar cair (1966).
ZABELÊ. Gravação: Caetano Veloso e Gal Costa em Domingo (1967); Olivia Hime
em Segredo do meu coração (1982).
1967
DOMINGOU. Gravação: Gilberto Gil em Gilberto Gil (1968).
ESTOU SERENO, ESTOU TRANQUILO. Inédita em disco.
FIQUE SABENDO ( com João Bosco e Chico Enói). Inédita em disco.
MARGINÁLIA II. Gravação: Gilberto Gil em Gilberto Gil (1968); Maria Bethânia em
Recital na boate Barroco – ao vivo (1968).
NENHUMA DOR ( com Caetano Veloso). Gravação: Caetano Veloso e Gal Costa
em Domingo, álbum da Phillips (1967). Reedição (remasterizado em CD pela
Universal Music em 2006).
1968
AI DE MIM, COPACABANA. Gravação: Caetano Veloso em compacto simples
(1967). Reedição: LP compilação Um poeta desfolha a bandeira e a manhã tropical
se inicia (1985).
Também parte integrante da caixa Todo Caetano.
CANTIGA. Gravação: Nana Caymmi em Resposta ao Tempo (1998).
328
CAPITÃO LAMPIÃO. Inédita em disco.
COISA MAIS LINDA QUE EXISTE. Gravação: Gal Costa em Gal Costa (1969).
DEUS VOS SALVE A CASA SANTA. Gravação: Nara Leão em Nara Leão (1968).
GELÉIA GERAL. Gravação: Gilberto Gil em Tropicália ou Panis et Circencis (1968),
álbum da Philips e Daniela Mercury, em Daniela Mercury (1991).
MAMÃE, CORAGEM. Gravação: Gal Costa em Tropicália ou Panis et Circencis
(1968), álbum da Philips.
1970
CORO MISTO FOTOGÊNICO. Inédita em disco.
O NOME DO MISTÉRIO (com Geraldo Azevedo). Gravação: Geraldo Azevedo no
CD O Brasil que existe em mim (2004).
QUASE ADEUS (com Carlos Monteiro de Souza) Inédita em disco.
1971
O BEM, O MAL. Gravação: Sérgio Brito em A minha cara (2000).
O HOMEM QUE DEVE MORRER. Inédita em disco.
QUE PELÍCULA. Inédita em disco.
TODO DIA É DIA D. (com Carlos Pinto). Gravação: Gilberto Gil no compacto
gravado para a primeira edição de Os últimos dias de Paupéria e em Cidade do
Salvador, disco inédito de 1973, lançado em CD, em 1999.
TRÊS DA MADRUGADA. Gravação: Gal Costa no compacto para a primeira edição
de Os últimos dias de paupéria e reeditada em 2002 na coletânea Todo dia é dia D
(Dubas); Verônica Sabino em Verônica (1993); Nouvelle Cuisine em Novelhonovo
(1995).
TUDO MUITO AZUL (com Roberto Menescal). Gravação: Angela e Paulo Sérgio
Valle na trilha sonora da novela Minha Linda Namorada (1971).
1972
COMEÇAR PELO RECOMEÇO. Gravação: Luiz Melodia em 14 quilates (1997),
reproduzida na coletânea Todo dia é dia D (2002).
CONSOLAÇÃO. Inédita em disco.
DENTE NO DENTE. Gravação: Jards Macalé em O que faço é musica (1998)
DESTINO. Gravação: Jards Macalé em O que faço é musica (1998)
JARDIM DA NOITE ( com Carlos Galvão). Inédita em disco.
329
LET´S PLAY THAT (com– Jards Macalé). Gravação: Jards Macalé em Jards Macalé
(1972) e Let´s Play that (1994).
QUE TAL. Inédita em disco.
TOME NOTA. Inédita em disco.
UM DIA DEPOIS DO OUTRO. Inédita em disco.
→ FILMES/ DOCUMENTÁRIOS CONSULTADOS
Fabricando Tom Zé. São Paulo. Direção: Décio Mattos Jr. São Paulo: Goiabada
Productions, Spectra Mídia, Muiraquitã Filmes e Primo Filmes, 2006.
Jards Macalé: um morcego na porta principal. Direção: Marco Abujamra. Rio de
Janeiro: Canal Brasil, 2008 (Coleção Canal Brasil).
Lóki – Arnaldo Baptista. Direção: Paulo Henrique Fontenelle. São Paulo: MZA, 2008.
Uma noite em 67. Direção: Renato Terra e Ricardo Calil. Rio de Janeiro: Vídeo
Filmes, 2010.
O sol: caminhando contra o vento. Direção: Tetê Moraes e Martha Alencar. Rio de
Janeiro: Vídeo Filmes, 2006.
Programa Ensaio – Tom Zé. Direção: Fernando Faro. São Paulo: TV Cultura, 1991.
Programa Roda Viva – Tom Zé. São Paulo: TV Cultura, 2005.
Tom Zé, ou Quem irá colocar uma dinamite na cabeça do século? Roteiro e Direção:
Carla Gallo. São Paulo: Net Filmes/ Quanta, 2000.
Waly Salomão em Pan-cinema permanente. Direção: Carlos Nader, Rio de Janeiro:
Vídeo Filmes, 2009 (Coleção Vídeo Filmes, 27).