Vivendo e aprendendo a jogar: as tensões entre arte e mercado na trajetória de Elis Regina (1958-1982).

Tese de Doutorado

ANDREA MARIA VIZZOTTO ALCANTARA LOPES

MARCOS LUIZ BRETAS DA FONSECA

UFRJ

2015

canção brasileira, MPB, indústria fonográfica, meios de comunicação

Texto em formato digital:https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2701222

Esta tese discute a trajetória artística e a obra da cantora Elis Regina, durante o período compreendido entre os anos de 1958 e 1982, abordando a relação da intérprete com os meios de comunicação, a crítica especializada e a indústria fonográfica. É destacada a sua importância na construção da MPB e ao recuperar a sua trajetória artística é possível também ter acesso aos debates estéticos e políticos dos quais Elis Regina participou, contribuindo para uma reflexão sobre a música popular brasileira desse período. Como referencial teórico, o trabalho propõe a discussão da intérprete como coautora das obras que executa, aspecto pouco estudado pela historiografia da canção, que ainda tem privilegiado a análise dos compositores. A tese procura recuperar o cenário musical e suas condições de realização profissional, considerando as necessidades e os interesses específicos dos instrumentistas e cantores, aspecto muitas vezes negligenciado da discussão. O estudo da recepção é central e considera o ouvinte sujeito ativo na produção de significados para a canção popular, tensionando as intenções dos autores e intérpretes e as apropriações do público. A pesquisa problematiza o circuito restrito de consumo atribuído à MPB, dialogando com o campo da sociologia ao discutir hábitos de escuta musical, índices de audiência radiofônica e assistência televisiva e a circulação social de fonogramas. Foram selecionadas, como fontes, as listagens produzidas pelo Ibope, instituto de pesquisa que coletava dados sobre vendagens de discos, tratando-os estatisticamente, além de reportagens publicadas na imprensa – críticas e entrevistas de artistas –, em jornais e revistas de diferentes orientações políticas, e em publicações dedicadas à programação de rádio e televisão.

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Rádio, Rio de Janeiro, n. 568, 6 ago. 1960.
GALLO, Guarany. Leny Eversong vai filmar nos Estados Unidos. Revista do Rádio, Rio de
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MAIS uma gaúcha conquista os paulistas: Márcia. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 839,
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SOLUÇÃO contra o perigo Ellís Regina x Jair Rodrigues. Revista do Rádio, Rio de Janeiro,
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OS QUE mais ganharam em 1961. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 641, 30 dez. 1961.
GAÚCHA de São Paulo é a nova sensação. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 836, 25 set.
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PAIVA, Waldemir. Rival de Celly Campello. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 573, 10
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MAYSA de calças. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 542, 6 fev. 1960.
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MEXERICOS da Candinha. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 793, 28 nov. 1964, p. 19.
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IMPERIAL, Carlos. O mundo é dos brotos. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 771, 27 jun.
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IMPERIAL, Carlos. O mundo é dos brotos. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 634, 11 nov.
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IMPERIAL, Carlos. O mundo é dos brotos. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 655, 7 abr.
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IMPERIAL, Carlos. O mundo é dos brotos. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 668, 7 jul.
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TEMOS que acabar com a praga do rock! Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 614, 24 jun.
1961, p. 16.
ESTES são os favoritos. Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 796, 19 dez. 1964, p. 34-35.
O PIOR dos rocks é melhor do que certos sambas! Revista do Rádio, Rio de Janeiro, n. 650,
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ARI Toledo vê Copa por conta do Chico. Intervalo. São Paulo, n. 164, 27 fev. a 5 mar. 1966,
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SÃO Paulo tem O Fino da Bossa. Intervalo. São Paulo, n. 128, 20 a 26 jun. 1965, p. 10.
BOSSAUDADE quer provar que música é como vinho: quanto mais velha melhor. Intervalo.
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ARRASTÃO de Elis balança o Brasil. Intervalo, São Paulo, n. 131, p. 7, 11 a 17 jul. 1965.
JORNAL da TV. Intervalo, São Paulo, n. 107, p. 21, 24 a 30 jan. 1965.
BRIGA de milhões na TV: todos queriam Elis Regina. Intervalo, São Paulo, n. 121, p. 13, 2 a
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MÚSICA popular entra no céu com Vandré. Intervalo. São Paulo, n. 141, 19 a 25 set. 1965,
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BOSSA-nova acaba com festa. Intervalo. São Paulo, n. 150, 21 a 27 nov. 1965, p. 41.
JOVEM Guarda declara guerra à bossa-nova. Intervalo. São Paulo, n. 165, 6 a 12 mar. 1966,
p. 4.
ESSE tal de ié ié ié é uma droga. Intervalo. São Paulo, n. 168, 27 mar. a 2 abr. 1966, p. 10.
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PORTA-estandarte deu gravadora à Vandré. Intervalo. São Paulo, n. 180, 19 a 25 jun. 1966,
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CHICO, o herdeiro de Noel. Intervalo, São Paulo, n. 201, p. 3-5, 13 nov. a 19 nov. 1966.
JORNAL da TV. Intervalo, Rio de Janeiro, n. 193, p. 26, 18 a 24 set. 1966.
UMA Elis muito especial. Intervalo, Rio de Janeiro, n. 266, p. 15, 11 fev. a 17 fev. 1968.
VELOSO: eu persigo a loucura. Intervalo, Rio de Janeiro, n. 270, p. 14-15, 10 mar. a 16 mar.
1968.
COELHO, Carlos. Soy loco por ti, Veloso. Intervalo, Rio de Janeiro, n. 267, p. 3-7, 18 fev. a
24 fev. 1968.
GIL e Veloso contestam: tropicalismo não é só banana. Intervalo, Rio de Janeiro, n. 284, p.
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SEM muita alegria. Intervalo, Rio de Janeiro, 255, capa, 25 nov. a 1 dez. 1967.
ESTES ficam com o Chico Viola. Intervalo, Rio de Janeiro, 268, p. 56, 25 fev. a 2 mar.
1968.
ELIS e Caetano cantam numa novela. Intervalo, Rio de Janeiro, n. 341, p. 32, 18 jul. a 24 jul.
1969.
ARRUDA, Cynira. Ray Charles, um homem muito especial. Intervalo, Rio de Janeiro, n.
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JORNAL da TV. Intervalo, Rio de Janeiro, n. 404, p. 35, 1 a 7 out. 1970.
PIERRO, Gilberto Di. FALOU. Intervalo, Rio de Janeiro, n. 480, p. 57, 20 a 26 mar. 1972.
LODUCA, Wilson. Sergio Mendes já ficou pra trás. Intervalo, Rio de Janeiro, n. 450, p. 22-
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PENIDO, José Marcio. Empolgante Elis. Veja, São Paulo, n. 381, 24 dez. 1975, p. 84-87.
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PACHECO, Diogo. Quase um recital. Veja, São Paulo, n. 258, 15 ago. 1973, p. 110.
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REGINA, Elis. Quero apenas cantar. Veja, São Paulo, n. 295, p. 3-6, 1 maio 1974.
LANCELLOTTI, Silvio. Brincadeira séria. Veja, São Paulo, n. 295, 1 maio 1974, p. 97.
AFINADA frieza. Veja, São Paulo, n. 257, 8 ago. 1973, p. 84.
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Som Três
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O Cruzeiro
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AGUIAR, Luiz. Sem censura, confissões de Elis Regina. O Cruzeiro. Rio de Janeiro, 12 set.
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NOVA História da Música Popular Brasileira, fascículo Baden Powell e a Bossa Nova. São
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NOVA História da Música Popular Brasileira, fascículo Luiz Antônio; Djalma Ferreira;
Haroldo Barbosa; Luís Reis. São Paulo: Abril Cultural, 1979.
SOUZA, Tárik de. O som nosso de cada dia. Porto Alegre: L&PM, 1983, p. 123.
SILVA, Walter. Vou te contar: histórias da música popular brasileira. 2. ed. São Paulo:
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CAMPOS, Augusto de. Balanço da bossa e outras bossas. 5. ed. São Paulo: Perspectiva,
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CROONER. Milton traz seu baile a SP. Folha de São Paulo, São Paulo, 22 jul. 1999.
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1/3.
BETHÂNIA, Maria. Maricotinha ao vivo. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2002, BF 521. 2
CDs.
GIL, Gilberto. Não chore mais, de B. Vicent. Macapá, de Humberto Teixeira e Luiz
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GILBERTO, João. Cantando as músicas do filme Orfeu do Carnaval. Rio de Janeiro:
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JOBIM, Antônio Carlos. Meus primeiros passos e compassos. Curitiba: Revivendo, RVCD110. CD.
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_____. Raros compassos, v. 1, 2, 3. Curitiba: Revivendo, RVCD-142, 143, 144. CD.
LEÃO, Nara. Nara. Rio de Janeiro: Universal Music, 2002. Caixa com 12 CDs.
REGINA, Elis. Viva a Brotolândia. Rio de Janeiro: Globo Warner / Som Livre, 2006. Caixa
Os Primeiros Anos. 2 CDs.
REGINA, Elis. Poema de amor. Rio de Janeiro: Globo Warner / Som Livre, 2006. Caixa Os
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REGINA, Elis. Elis edição especial. São Paulo: Trama, 2006. 1 CD e 1 DVD.
REGINA, Elis. Elis 60. Rio de Janeiro: Universal Music, 2012. Caixa com 12 CDs.
REGINA, Elis. Elis 20 anos de saudade. Rio de Janeiro: Universal Music, 2002. 2 CDs.
REGINA, Elis. Alô, alô, marciano. Rio de Janeiro: WEA, 1980. BR 12.056. Compacto
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REGINA, Elis. Um dia. Rio de Janeiro: Universal, 2012.
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AUDIOVISUAIS
BLANC, Aldir. Aldir Blanc – dois pra lá, dois pra cá. Direção: Alexandre Ribeiro de
Carvalho, André Sampaio e José Roberto de Morais. Coprodução: André Sampaio,
Inventarte, TVE (Rede Brasil), TV Cultura de São Paulo, 2004.
BETHÂNIA, Maria. Bethânia bem de perto – a propósito de um show. Direção: Julio
Bressane e Eduardo Escorel. Biscoito Fino-Quitanda Conspiração Filmes, 2007.
REGINA, Elis. Elis edição especial. São Paulo: Trama, 2006. 1 CD e 1 DVD.
REGINA, Elis. MPB Especial. São Paulo: Trama, 2004.
Uma noite em 67. Direção: Renato Terra e Ricardo Calil. VideoFilmes e Record
Entretenimento, 2010.