> Banco de Dados - História e música na universidade

Folhas volantes: impressos revolucionários na canção popular brasileira

Tipo de documento:
Dissertação de mestrado

Autor:
Clarissa Teixeira Fazito Rezende

Orientador:
Joao Pinto Furtado

Local:
UFMG - UFCH

Data:
2010

Publicação - Livros / Artigos

Palavras-chave:
Ricardo, Sérgio, 1932, DITADURA MILITAR,
Vandré, Geraldo, 1935, Seixas, Raul, 1945-1989,
CANÇÃO-PANFLETO,

Resumo:
Texto em formato digital: https://repositorio.ufmg.br/handle/1843/BUBD-8GTG8X

No trabalho apresentado pretendeu-se comprovar que as canções analisadas dos compositores Geraldo Vandré, Sérgio Ricardo e Raul seixas podem ser entendidas como canção-panfleto uma vez que tais composições apresentam argumentos políticos e sociais, na tentativa de conscientização do ouvinte. As canções representariam, ainda, a visão de mundo articulada de cada compositor, podendo ser entendidas como atos de fala. A reunião das propostas de Bernard Bailyn, J. G. A. Pocock e Quentin Skinner mostrou-se válida não apenas para os textos aqui estudados. O conceito que desenvolvemos mostra-se capaz de ir além, não se concentrando em apenas um determinado período histórico. Mais especificamente no caso das canções-panfleto, percebemos que o contexto histórico do regime militar brasileiro favoreceu a efervescência artística engajada, sem estar, necessariamente, vinculada a um único gênero musical.

Fontes:
ALVES, M. H. H. As bases do Estado de segurança nacional. In: Estado e oposição no
Brasil (1964-1984). Petrópolis: Editora Vozes, 1984. Cap. 2. p. 52-79.
ALVES, M. H. H. Liberalização, oposição e crise de Estado: o Ato Institucional nº 5
(1967-1968). In: Estado e oposição no Brasil (1964-1984). Petrópolis: Editora Vozes,
1984. Cap. 5. p. 112-137.
ARAÚJO, P. C. Eu não sou cachorro não: música popular cafona e a ditadura militar.
5ª ed. Rio de Janeiro: São Paulo: Editora Record, 2005. 458p.
BAILYN, B. As origens ideológicas da Revolução Americana. Bauru: EDUSC, 2003.
344p.
BORGES, M. O Clube da Esquina. In: NAVES, S. C.; DUARTE, P. S. (Orgs). Do
Samba-Canção à Tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumará: FAPERJ, 2003. p. 167-
178.
BORGES, M. Os sonhos não envelhecem: histórias do Clube da Esquina. 4ª ed. São
Paulo: Geração Editorial, 2002. 358 p.
BRITTO, P. H. A temática noturna no rock pós-tropicalista. In: NAVES, S. C.;
DUARTE, P. S. (Orgs). Do Samba-Canção à Tropicália. Rio de Janeiro: Relume
Dumará: FAPERJ, 2003. p.191-200.
BRITTO, P. H. Eu quero é botar meu bloco na rua de Sérgio Sampaio. Rio de Janeiro:
Língua Geral, 2009. (Coleção Língua Cantada) 96 p.
CARDOSO, I. Há uma herança de 1968 no Brasil. In: VIEIRA, M. A.; GARCIA, M. A.
Rebeldes e contestadores: 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. p. 135-142.
CARVALHO, M. A. R. O Samba a opinião e outras bossas... na construção republicana
do Brasil. In: STARLING, H. M. M.; EISENBERG, J.; CAVALCANTE, B. (Orgs.).
Decantando a República: inventário histórico e político da moderna canção popular
brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004.
v. 1. p.
CAVALCANTE, B. A República às avessas: boemia carioca e crítica libertina. In:
STARLING, H. M. M.; EISENBERG, J.; CAVALCANTE, B. (Orgs.). Decantando a
República: inventário histórico e político da moderna canção popular brasileira. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. v. 2. p.
CONTIER, A. D. Edu Lobo e Carlos Lyra: o nacional e o popular na canção de protesto
(os anos 60). Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 18, n. 35, 1998. p. 13-52.
124
DIAS, L. Anos 70: enquanto corria a barca. 2ª Ed. São Paulo: Editora Senac São Paulo,
2004. 360 p.
DIRCEU, J. O movimento estudantil em São Paulo. In: VIEIRA, M. A.; GARCIA, M.
A. Rebeldes e contestadores: 1968. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. p. 83-
93.
FURTADO, J. P. Engajamento político e resistência cultural em múltiplos registros:
sobre “transe” “trânsito”, política e marginalidade urbana nas décadas de 1960 a 1990.
GALVÃO, W. N. MMPB: uma análise ideológica. In: GALVÃO, W. N. Saco de gatos:
ensaios críticos. São Paulo: Duas Cidades, 1976. p. 93-119.
GALVÃO, W. N. Nas asas de 1968: rumos, ritmos e rimas. In: VIEIRA, M. A.;
GARCIA, M. A. Rebeldes e contestadores : 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo,
1999. p. 143-158.
HOLLANDA, H. B.; GONÇALVES, M. A. Cultura e participação nos anos 60. 6ª ed.
São Paulo: Editora Brasiliense, 1987. 103p.
HOLLANDA, H. B. de. Impressões de viagem: CPC, vanguarda e desbunde:
1960/1970. São Paulo: Editora Brasiliense, 1981. Cap. 1. p. 15-51.
HOLANNDA, H. B; VENTURA, Z. GASPARI, E. 70/80 Cultura em trânsito: da
repressão à abertura. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000. 332 p.
HUTCHEON, L. Teoria e política da ironia. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2000.
364p.
MATOS, O. C. F. Paris 1968: as barricadas do desejo. São Paulo: Editora Brasiliense,
1981. 103p.
MORAIS, F. O mago. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2008. 630 p.
LYRA, C. O CPC e a canção de protesto. In: NAVES, S. C.; DUARTE, P. S. (Orgs).
Do Samba-Canção à Tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumará: FAPERJ, 2003.
p.133-137.
MELLO, Z. H. A era dos festivais: uma parábola. São Paulo: Ed. 34, 2003. 528 p.
NAPOLITANO, M. Os festivais da canção como eventos de oposição ao regime militar
brasileiro (1966-1968). In. Do Samba-Canção à Tropicália. Rio de Janeiro: Relume
Dumará: FAPERJ, 2003. p.
NAPOLITANO, M. Seguindo a canção: engajamento político e indústria cultural na
MPB (1959-1969). São Paulo: Fapesp/Annablume, 1991.
NAPOLITANO, M.; VILLAÇA, M. M. Tropicalismo: as relíquias do Brasil em debate.
Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 18, n. 35, 1998. p. 53-75.
125
NAVES, S. C. Da Bossa Nova à Tropicália. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2001. 78p.
OSAKABE, H. Maio de 1968 ou a medida do impossível. In: VIEIRA, M. A.;
GARCIA, M. A. Rebeldes e contestadores : 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo,
1999. p. 163-169.
PALLARES; BURKE, P.; GARCIA, M. L. As muitas faces da história: NOVE
ENTREVISTAS. São Paulo: UNESP, 2000. p.307-339.
PALMEIRA, V. Os valores de 1968. In: VIEIRA, M. A.; GARCIA, M. A. Rebeldes e
contestadores: 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. p. 117-128.
DE PAULA, D. G. No labirinto das Minas: a modernidade postergada. 1994
[dissertação de mestrado]
PEREIRA, C. A. M. O que é contracultura? Brasília: Editora Brasiliense, 1983. 97 p.
(Coleção Primeiros Passos).
RICARDO, S. Quem quebrou meu violão: Uma análise da cultura brasileira nas décadas
de 40 a 90. Rio de Janeiro: Editora Record,
RIDENTI, M. Cultura e política: enterrar os anos 60? Manuscrito.
RIDENTI, M. Breve Recapitulação de 1968 no Brasil. In: VIEIRA, M. A.; GARCIA,
M. A. Rebeldes e contestadores: 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. p.
55-60.
RIDENTI, M. Revolução Brasileira na canção popular. In: NAVES, S. C.; DUARTE, P.
S. (Orgs). Do Samba-Canção à Tropicália. Rio de Janeiro: Relume Dumará: FAPERJ,
2003. p. 115-126.
RIDENTI, M. Resistência e Mistificação da resistência armada contra a ditadura:
armadilhas para pesquisadores. (Manuscrito)
REIS, D. A. Ditadura Militar: esquerdas e sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Editor, 2000. 85p.
REIS FILHO, D. A. 1968, o curto ano de todos os desejos. In: VIEIRA, M. A.;
GARCIA, M. A. Rebeldes e contestadores: 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo,
1999. p. 61-71.
REVISTA VEJA. Todos Presos. Rio de Janeiro: Editora Abril, Out. 1968.
ROSZAK, T. A contracultura. 2 Ed. Petrópolis: Editora Vozes, 1972. 301 p.
SANDRONI, C. Adeus à MPB. In: STARLING, H. M. M.; EISENBERG, J.;
CAVALCANTE, B. (Orgs.). Decantando a República: inventário histórico e político da
126
moderna canção popular brasileira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo:
Fundação Perseu Abramo, 2004. v. 1. p.
SEIXAS, R. Raul Seixas por ele mesmo. São Paulo: Martin Claret, 2007. 191 p.
SEIXAS, R. O Baú do Raul Revirado. Rio de Janeiro: Ediouro, 2003.
SILVA, R. A. A greve de 1968 em Osasco. In: VIEIRA, M. A.; GARCIA, M. A.
Rebeldes e contestadores: 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. p. 73-82.
SILVA, F. C. T. Da Bossa Nova à Tropicália: as canções utópicas. In: NAVES, S. C.;
DUARTE, P. S. (Orgs). Do Samba-Canção à Tropicália. Rio de Janeiro: Relume
Dumará: FAPERJ, 2003. p. 138-149.
SILVA, A. V. da. O protesto na canção de Chico Buarque. In: FERNANDES, R. Chico
Buarque do Brasil. Editora Garamond, 20004.
SIRKIS, A. Os paradoxos de 1968. In: VIEIRA, M. A.; GARCIA, M. A. Rebeldes e
contestadores: 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. p. 111-116.
SKINNER, Q. Significado y comprensión en la historia de las ideas. In: Prismas:
Revista de história intelectual. n. 4, 2000. p. 149-191.
SKINNER, Q. Hobbes e a teoria clássica do riso. São Leopoldo: Editora Unisinos,
2002. 87p.
SOUZA, T; ANDREATO, E. Vandré: calado, desconfiado. In.: Rostos e gostos da
Música popular Brasileira. Porto Alegre: L&PM, 1979. p. 189 – 191.
SOUZA, T; ANDREATO, E. Geraldo Vandré. In.: Rostos e gostos da Música popular
Brasileira. Porto Alegre: L&PM, 1979. p. 29-39.
SOUZA, T. Geraldo Vandré e a memória de sua canção. In.: O som nosso de cada dia.
Porto Alegre: L&PM, 1983. p. 89-97.
STARLING, H. M. M.; EISENBERG, J.; CAVALCANTE, B. (Orgs.). Decantando a
República: inventário histórico e político da moderna canção popular brasileira. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira; São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2004. 3 vols.
STARLING, H. M. M. Coração Americano: os panfletos do clube da esquina. In: 2004
TAPAJÓS, R. Influências de 1968 na criação artística. In: VIEIRA, M. A.; GARCIA,
M. A. Rebeldes e contestadores: 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. p.
159-161.
TAVARES, F. O golpe de 1964, início de 1968. In: VIEIRA, M. A.; GARCIA, M. A.
Rebeldes e contestadores: 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. p. 95-103.
127
TREECE, D. A flor e o canhão: a bossa nova e a música de protesto no Brasil (1958-
1968). Tradução de Marcos Napolitano e Rodrigo Czajka. História: Questões &
Debates. Curitiba, n. 32. jan./jun. 2000. p. 121-165.
VELASCO, S. Significados da conjuntura de 1968. In: VIEIRA, M. A.; GARCIA, M.
A. Rebeldes e contestadores: 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. p.105-
110.
VENTURA, Z. 1968 – o ano que não terminou: a aventura de uma geração. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1988. 314p.
VENTURA, Z. A nostalgia do não vivido. In: VIEIRA, M. A.; GARCIA, M. A.
Rebeldes e contestadores: 1968 São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 1999. p.129-134.
VIANNA, L. C. R. Movimentos musicais e identidades sociais no contexto da cultura
de massa no Brasil – uma reflexão caleidoscópica. Comunicação realizada no XXV
Encontro anual da ANPOCS, 2001.
WISNIK, J. M. O minuto e o milênio ou por favor, professor, uma década de cada vez.
In: Anos 70: Música Popular. São Paulo. Editora Europa. s/d. p. 7-24.
WISNIK, J. M. A gaia ciência – literatura e música popular no Brasil. In: MATOS, C.
N.; TRAVASSOS, E.; MEDEIROS, F. T. (Orgs.). Ao encontro da Palavra cantada. Ed.
7 Letras, s/d. p. 183-199.
ZAN, J. R. Regras da arte e da política: o caso da música popular brasileira nos 60.
Manuscrito.