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O RAP ENTRE MESTIÇAGENS E NEGRITUDES: MÚSICA E IDENTIDADE NO BRASIL E EM CUBA (1988-2005)
Tipo de documento:
Tese de Doutorado
Autor:
ALLYSSON FERNANDES GARCIA
Orientador:
OLGA ROSA CABRERA GARCIA
Local:
UnB
Data:
2014
Publicação - Livros / Artigos
Palavras-chave:
negritude, mestiçagem, rap, Brasil, Cuba,
Resumo:
Texto em formato digital: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=1820909
Apresento um estudo sobre a cultura hip-hop no Brasil e em Cuba, abordando a apropriação e tradução destas expressões por parte da juventude negra urbana. Discuto os processos de construção identitária de negritude através de um diálogo entre as narrativas musicais e o pensamento social ensaístico e acadêmico. Identifico continuidades e rupturas nas relações entre raça, racismo, classe e cultura no discurso e na crítica musical sobre o rap nos três países. Negritude é entendida aqui como um sentido de afirmação positiva e tentativa de construção de solidariedade que caracteriza uma cultura política dos negros na diáspora. A cultura hip-hop e o rap em particular desenvolveram-se entre os anos 1970 e 1980 nos Estados Unidos em um processo de fusão e hibridização envolvendo diversos gêneros musicais e formas de expressão artística e luta política. A inserção do rap na indústria do entretenimento garantiu a consolidação de uma ideia de que ele seria uma autêntica expressão dos jovens negros urbanos nos Estados Unidos e na diáspora. Defendo que a ideia de autenticidade presente nos discursos da crítica musical e dos rappers não abandona de modo integral as perspectivas modernistas presente no pensamento social que procuraram definir o caráter mestiço das duas sociedades, brasileira e cubana em meados do século XX. Apresento uma reflexão sobre os processos interpretativos e criativos na produção musical do rap no Brasil e em Cuba. Processos estes que evidenciam ressignificações da ideia de mestiçagem e a emergência de um tipo específico de crítica ao racismo e à retórica da democracia racial produzida por representantes da juventude marginalizada no centro da cultura de entretenimento globalizada.
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