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“A FORÇA DA RAIZ” EM MARTINHO DA VILA: A África que resiste no samba brasileiro (pós-1970)

Tipo de documento:
Tese de Doutorado

Autor:
PATRICIA NOGUEIRA SILVA

Orientador:
ANDERSON RIBEIRO OLIVA

Local:
UnB

Data:
2021

Publicação - Livros / Artigos

Palavras-chave:
samba, história, África, ancestralidade, resistência,

Resumo:
Texto em formato digital: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=11287933

Esta pesquisa tem por objetivo analisar discursos que conferem ao samba uma identidade diaspórica marcada pelos vínculos estabelecidos com uma África que existe e resiste em suas dimensões musicais, históricas, sociais e culturais. Compromissada com a descolonização do conhecimento e tendo a interdisciplinaridade como princípio norteador, adota como referencial teórico a perspectiva latino-americana da decolonialidade e do pensamento afrodiaspórico. Reconhecendo que todo conhecimento é epistemicamente situado, os sambistas, enunciadores dos discursos analisados, são vozes privilegiadas nesta investigação cuja narrativa é construída a partir do lugar estrutural que eles ocupam na história do samba. Tendo o samba como objeto e fonte de pesquisa, recorre-se a procedimentos da Análise do Discurso, buscando compreender os sentidos construídos nos discursos analisados. O corpus de pesquisa foi constituído por estudos sobre o samba, depoimentos dos sambistas e letras de música selecionadas no pluriverso do samba urbano carioca. Priorizando um conjunto de sambas autorreferenciados (metassambas), investiga-se como a restituição de “elos” Brasil/África, a evocação de africanidades e de suas “raízes” africanas evidenciam estratégias de resistência às tentativas de desafricanização do samba. A produção musical de Martinho da Vila, bem como sua trajetória pessoal e artística, ocupam centralidade nesta pesquisa. O sambista desempenha papel singular na história do samba, estabelecendo conexões deste com a África (em especial, Angola), com sua ancestralidade e abrigando, em suas canções, africanidades reveladoras de uma identidade diaspórica do samba. Construída discursivamente, tal identidade vincula-se a uma África que resiste no samba, desde suas origens mais remotas, ganhando evidência a partir dos anos 70, contexto marcado por disputas identitárias, pelo fortalecimento do movimento negro e pela valorização da cultura afro-brasileira no Brasil.

Fontes:
1. Literatura e Memória
BARBOSA, O. Samba: sua história, seus poetas, seus músicos e seus cantores. 2. ed. Rio de
Janeiro: Funarte, 1978.
GUIMARÃES, F. Na roda do samba. Rio de Janeiro: Typ. São Benedicto, 1933.
2. Fonogramas: Anexos A e B
3. Depoimento para a Posteridade: Martinho da Vila (MIS, RJ/ 2001)
Depoimento para a Posteridade: Martinho da Vila
Museu da Imagem e do Som/ Rio de Janeiro
Informações do banco de dados:
Possui cópia em áudio na sede MIS Lapa - Setor fitas de áudio:
IP 41676
Digitalizado em jul./2010.
Realizado pela Fundação Museu da Imagem e do Som
Possui representação digital em HD externo e DVD.
Duração 4:04:17
Data 09/05/2001
Entrevistadores: Albin, Ricardo Cravo; Pamplona, Fernando; Rego, José Carlos; Costa,
Haroldo; Cabral, Sergio; Santos, Lygia.
4. Documentários
PARTIDEIROS. Direção: Carlos Tourinho e Clóvis Scarpino o trabalho. Roteiro: Clóvis
Scarpino, Nei Lpoes e Rubem Confeti. Distribuição: Embrafilme, 1978. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ytsMg3skOzc
5. Portais e Acervos Digitais
Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Disponível em:
http://dicionariompb.com.br
Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB). Disponível em: http://immub.org/p/oinstituto
Letras de Músicas: https://www.letras.mus.br
Página Oficial de Martinho da Vila: http://martinhodavila.com.br