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ONDE CANTAM AS CIGARRAS: OS FESTIVAIS DE ARTE DE AREIA E A PROBLEMÁTICA DA CULTURA BRASILEIRA NOS ANOS 1970
Tipo de documento:
Dissertação de mestrado
Autor:
VICTOR SOARES LUSTOSA
Orientador:
BARTIRA FERRAZ BARBOSA
Local:
UFPE
Data:
2017
Publicação - Livros / Artigos
Palavras-chave:
Festival de Arte de Areia, Artistas e Intelectuais, Cultura Nordestina, Identidade Nacional, Ditadura Militar
Resumo:
Texto em formato digital: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6209749
Entre 1976 e 1982 a pequena cidade de Areia, localizada do brejo paraibano, foi palco de um dos mais movimentados festivais de arte do Brasil. Inspirados nos festivais de inverno da UFMG, que ocorriam desde 1967 na cidade de Ouro Preto, os festivais de Areia se destacaram no cenário cultural daquele período por sua ênfase na Cultura Nordestina e na proposta de debates e seminários voltados para as mais variadas manifestações artísticas: cinema, teatro, música, literatura, folclore, artes plásticas e comunicação, atraindo jovens de quase todo o país. A intenção, segundo os organizadores do evento, era sensibilizar a juventude quanto ao fenômeno artístico e apresentar um panorama das artes brasileiras em um contexto de progressiva mundialização da cultura e hegemonia da indústria cultural. A presente dissertação é uma história desses festivais, a partir dos rastros deixados em jornais e documentos oficiais, mas também a partir dos ecos ainda presentes na memória de alguns de seus participantes. A proposta é realizar uma reconstrução de cena, no sentido acontecimental do conclave, inserido-o no contexto da ditadura militar brasileira durante os anos 1970; e da cena, no sentido artístico-cultural, identificando a rede de intelectuais e artistas envolvidos, bem como os problemas por eles levantados quanto ao lugar das artes nas construção da identidade nacional brasileira.