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AMAZÔNIAS DESFILADAS: A CARNAVALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA NOS DESFILES DAS ESCOLAS DE SAMBA NO RIO DE JANEIRO E EM BELÉM DO PARÁ (1955 - 2016)

Tipo de documento:
Tese de Doutorado

Autor:
CLAUDIA SUELY DOS ANJOS PALHETA

Orientador:
ANTONIO MAURICIO DIAS DA COSTA

Local:
UFPA

Data:
2019

Publicação - Livros / Artigos

Palavras-chave:
História, Amazônia, Imaginário, Escola de samba, Carnavalização

Resumo:
Resumo: Texto em formato digital: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=7753631

Esta pesquisa investiga a Amazônia enquanto tema de desfiles carnavalescos realizados pelo grupo principal (especial) das escolas de samba nas cidades do Rio de Janeiro e de Belém do Pará, entre 1955 e 2016. O problema consiste em ver os desfiles de tema amazônicos como histórias amazônicas escritas pelo carnaval. Adota a proposta de carnavalização de Mikhail Bakhtin (1999), enquanto transposição, pelas linguagens da arte, das formas concreto-sensoriais-simbólicas, estabelecidas pela cosmovisão carnavalesca, fazendo de enredo, samba de enredo, fantasia e alegoria, enquanto linguagens textuais, sonoras e visuais dos desfiles, as vias para a defesa de tal carnavalização. Considera a produção dos desfiles pelas perspectivas de Howard Becker (1977), enquanto “Arte Coletiva” que contém, em seus processos, aspectos da “Teoria da Formatividade” (PAREYSON, 1993), em diversos exercícios de “Conversão Semiótica” (LOUREIRO, 2007), diretamente influenciados pela vocação mitológica do imaginário presente na região, enquanto experiência estética rica de sensibilidade e emoção (LOUREIRO, 2000). percorre os diversos tempos existentes dedicados para os desfiles, nas perspectivas de Alain Corbin (2001), unindo trabalho e lazer, e de Jacques LeGoff (1996), para quem a imaginação colabora para a criação de tempos passados e futuros. Utiliza as fontes a partir do lugar privilegiado da pesquisadora, imersa nos universos carnavalesco e amazônico. Segue as diretrizes da Nova História Cultural (BURKE, 2008) no diálogo com outras ciências como a Etnocenologia, acionando o uso do método-gráficocaleidoscópio (PALHETA, 2015) para ver, ouvir e sentir as fontes, enquanto reveladoras de problemas e possibilidades. Apresenta uma história registrada por predominâncias de abordagens em consonância com contextos históricos, sociais e culturais do país e da região. Toma dois desfiles para exemplificar a tese de carnavalização da Amazônia, identificando processos formadores e aspectos amazônicos que neles predominaram. A Amazônia se carnavaliza por meio de técnicas e experiências concretas, sensoriais e simbólicas de artistas carnavalescos, que por meio de seus desfiles, reverberam a história da Amazônia em enredos, sambas de enredo, alegorias e fantasias.