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Pollock e o Jazz, artes de ação sob uma ótica fenomenológica.
Tipo de documento:
Dissertação de mestrado
Autor:
CAMILA PISANI MEDINA
Orientador:
RONALDO BRITO FERNANDES
Local:
PUC-Rio
Data:
2020
Publicação - Livros / Artigos
Palavras-chave:
Fenomenologia, Expressionismo Abstrato, action painting, action music, ato de expressão
Resumo:
Texto em formato digital: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=9751203
Pollock e o Jazz, artes de ação sob uma ótica fenomenológica” propõe um diálogo entre pintura e música, mais especificamente entre a action painting de Jackson Pollock e o jazz, nesta pesquisa percebido como action music. A dissertação apresenta a possibilidade de pensar o jazz dessa maneira e compreendê-lo como parte da expressão cunhada por Harold Rosenberg, ao identificar na produção do Expressionismo Abstrato uma nova forma de pintar resumida no próprio ato. A obra de Jackson Pollock é contextualizada historicamente no pós-guerra, que trouxe à modernidade uma dúvida quanto à ideia de progresso linear candente, em relação às questões existenciais disseminadas pelos artistas da primeira geração dessa nova pintura norte-americana. Paralelamente, reflete a questão no jazz, única expressão musical efetivamente norte-americana. Ambas as expressões artísticas são responsáveis por posicionar os EUA, até então um país sem tradição cultural, mas que se tornou uma grande potência econômica, no mapa cultural mundial. Utilizando uma leitura fenomenológica realizada a partir das investigações de Edmund Husserl e Maurice Merleau-Ponty, a dissertação reflete sobre como a obra de Pollock – a partir da utilização das técnicas do dripping e do all over, que se tornariam sua marca registrada – e o jazz – a partir do improviso contido na estrutura musical – podem ser considerados artes de ação, produzidas no caminho do ato de percepção para o ato de expressão; e questiona o quanto englobam intencionalidade e contingência em sua criação. Fontes de espontaneidade e originalidade, ambas as artes proporcionam um novo enfrentamento da obra pelo espectador, em que se torna relevante a própria experiência gerada pelo ato de expressão. A obra se torna a experiência, a experiência, a obra.