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Ser músico e viver da música no Brasil : um estudo da trajetória do centro musical Porto-Alegrense (1920-1933)
Tipo de documento:
Dissertação de mestrado
Autor:
Julia da Rosa Simões
Orientador:
Maria Lúcia Bastos Kern
Local:
PUC-RS
Data:
2011
Publicação - Livros / Artigos
Palavras-chave:
Década de 20; Música e Educação; Cotidiano Urbano; Musica Urbana; Porto Alegre
Resumo:
Esta dissertação analisa a tradição da formação do músico e da condição social deste, por um lado, e a história da profissionalização da categoria no Brasil, por outro, mediante a análise da trajetória de uma entidade musical da década de 1920 (sobretudo por meio de estatutos e livros de atas). No quadro das chances de ocupação profissional para os músicos (remuneradas, estáveis ou não, exclusivas ou não) naquele momento - o teatro de revista, as casas de música, a gravação, o cinema silencioso, o rádio em seus primórdios e o professorado -, o estudo tratará do Centro musical Porto-Alegrense (1920-1933), associação de caráter sindical, que mantém ações assistencialistas e previdenciárias, mas também de caráter educativo e agenciador, que procura desenvolver o gosto artístico-musical da população da cidade de Porto Alegre através de concertos sinfônicos de música erudita. Os membros do Centro Musical procuram se definir profissionalmente no mundo do trabalho, tentando se afastar das décadas passadas do século anterior, em que a esteve ligada sobretudo ao amadorismo e ao diletantismo doméstico. Dentre várias tentativas de regulação do mercado em que se inserem, procuram produzir uma intensa colaboração da categoria para a organização de suas próprias orquestras, e, portanto, para o estabelecimento de relações mais independentes-profissionais e musicais-com o público. 0 Centro Musical pode ser considerado, no que teve de mais importante, uma associação privada em busca de reconhecimento público à profissão. Para isso, procurou controlar uma fatia do mercado musical da cidade de Porto Alegre sobretudo através do agenciamento de colocações para seus associados. Quando se torna sindicato, em 1934, acaba adquirindo reconhecimento oficial. Filiando este trabalho ao que se passou a chamar de História Social da Música, a análise mostrará com os músicos trabalhavam enquanto agentes realmente ativos da vida musical da sociedade e, portanto, desta como um todo.
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