> Banco de Dados - História e música na universidade
O debate no campo do nacionalismo musical no Brasil dos anos 1940 e 1950: o compositor Guerra Peixe.
Tipo de documento:
Dissertação de mestrado
Autor:
André de Castro Egg
Orientador:
Marcos Francisco Napolitano de Eugênio
Local:
UFPR
Data:
2004
Publicação - Livros / Artigos
Assunto:
Estudo sobre o nacionalismo musical, nos anos 1940 e 1950, que divergia do nacionalismo das décadas precedentes. O Trabalho faz a análise do grupo Música Viva e do compositor Guerra Peixe.
Palavras-chave:
Décadas de 1940 e 1950; Grupo Música Viva; Guerra Peixe; Nacionalismo Musical ; Brasil
Resumo:
Dissertação em formato digital:
http://hdl.handle.net/1884/943
Este trabalho estuda as mudanças ocorridas no nacionalismo musical no Brasil dos anos 1940 e 1950. Procura demonstrar como, a partir do início dos anos 1940, o grupo Música Viva passou a propor um novo tipo de nacionalismo associado a técnicas de vanguarda, entrando em conflito com o grupo nacionalista que havia se consolidado nas décadas de 1920 e 1930, e que já havia se tornado dominante passando a contar com apoio oficial do governo Vargas. Este conflito agravou-se pela filiação político-partidária: os nacionalistas eram ligados ao Estado Novo e os jovens vanguardistas militavam no Partido Comunista. Formulado na URSS, o realismo socialista tornou-se a doutrina estética oficial do movimento comunista, passando a ser aplicado no Brasil em 1948. Coincidindo com esta interferência política no meio musical, os compositores Cláudio Santoro, Guerra Peixe e Eunice Catunda decidiram abandonar o dodecafonismo, técnica de composição que caracterizava a vanguarda, e passaram a adotar um discurso de defesa do nacionalismo musical baseado no folclore. O trabalho estuda os textos dos protagonistas analisando as formulações estéticas e sua motivação político-ideológica. Analisa também a trajetória do compositor Guerra Peixe, e algumas de suas obras, procurando compreender sua relação com as questões culturais e históricas da época e como sua composição musical relacionou-se com elas.
Fontes:
Não especificadas.
Bibliografia específica:
ALMEIDA, Renato. História da música brasileira. 2.ed. Rio de Janeiro: F. Briguiet, 1942.
ANDRADE, Mário de. “Chostacovich”. in SEROFF, Victor. Dmitri Shostakovich. Rio de
Janeiro: O Cruzeiro, 1945, p 11-33.
_____. Macunaíma: o herói sem nenhum caráter. 4. ed. São Paulo: Martins, 1965.
_____. Ensaio sobre a música brasileira. São Paulo/Brasília: Martins/INL, 1972.
_____. O Banquete. Editado por Jorge Coli e Luiz Correa da Silva Dantas. São Paulo: Duas
Cidades, 1977.
_____. Introdução à estética musical. Estabelecimento do texto, introdução e notas de Flávia
Camargo Toni. São Paulo: Hucitec, 1995.
GUERRA PEIXE. Melos e Harmonia Acústica. Princípios de composição musical. Rio de
Janeiro: Irmãos Vitale, 1988.
CAMARGO GUARNIERI. “Mestre Mário”. In Revista Brasileira de Música. Vol. IX,
1943, pp. 13-17.
GRUPO “Música Viva”. In Música Viva, ano I, nº 1, maio de 1940, p. 7.
“GUERRA Peixe, nome das Américas”. In A voz de Londres. Boletim para o Brasil. BBC.
nº 515, 19 de fevereiro de 1948.
GUERRA PEIXE. “Aspectos da música popular.” in Música Viva, n. 12, jan. 1947.
_____. “Aspectos da música popular. As casas editoras – uma das nossas deficiências
musicais” in Paralelos, n. 6, set. 1947, pp 44-45.
_____. “O dodecafonismo no Brasil – I.” in O Jornal, 2-9-1951.
GUERRA PEIXE. “O dodecafonismo no Brasil – II.” in O Jornal, 9-9-1951.
_____. “Música e dodecafonismo.” in Fundamentos, a. 5, n. 29, p. 3, ago. 1952.
MARIZ, Vasco. “César Guerra Peixe”. In Boletim da Sociedade Brasileira de Autores n.
10/11, janeiro/abril, 1952.