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“Eu quero frátia”: a comunidade do rap.

Tipo de documento:
Artigo

Autor:
Santuza Cambraia Naves

Orientador:
-

Local:
Uberlândia

Data:
2004

Publicação - Livros / Artigos

Descritivo:
ArtCultura, n. 9, Julho-Dezembro de 2004.

Editora:
EDUFU

Palavras-chave:
Década de 1990; Rap; Negritude; Ruptura Estado-nação; Comparação Samba e Rap

Resumo:
O texto trata das rupturas empreendidas pelo rap com a categoria Estado-nação, ao recorrer discursiva e musicalmente à idéia de comunidade. Promove-se um deslocamento do conceito de “nação” substituindo o espaço geográfico que corresponde às suas fronteiras por um outro, cujo limite obedece a um corte transversal no planeta marcado pela trajetória do negro. Assim, os rappers, ancorados na bandeira da negritude, reconstroem a própria genealogia. Quando adotam esta atitude, os rappers brasileiros tomam como ancestrais tanto os sambistas do partido-alto e repentistas quando músicos norte-americanos, em busca de um legado musical e comportamental. Esse tipo de “atitude” será comparada com os pressupostos nacional-populares que norteiam a MPB na década de 1960, cujos músicos pensavam o “Brasil” e o “povo” numa perspectiva totalizante.