É preciso cantar e alegrar a cidade: sínteses e dissonância em Carlos Lyra.

Artigo

Miliandre Garcia de Souza

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Uberlândia

2003

História e Perspectivas. n° 29-30. p. 283-326. Julho-Dezembro de 2003 e Janeiro-Junho de 2004.

UFU

De modo geral, o “manifesto do CPC” é apresentado como síntese da produção artística e intelectual de alguma forma vinculada ao Centro Popular de Cultura (CPC) da união Nacional dos Estudantes (UNE). Isso se deve ao fato de que, sobretudo na década de 80, pesquisadores e críticos, com intenções específicas, não deram oportunidades a outros interlocutores de se manifestarem. Nessa brecha é que se situa Carlos Lyra. Como criador e mediador cultural, o compositor pode ser analisado ao mesmo tempo como síntese e dissonância dos discursos e debates sobre cultura popular, sobre a função social da arte e sobre o engajamento do artista de classe média às causas nacionalistas