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Música dos Espaços: paisagem sonora do Nordeste no Movimento Armorial.

Tipo de documento:
Dissertação de mestrado

Autor:
Leonardo Carneiro Ventura

Orientador:
Durval Muniz De Albuquerque Júnior

Local:
UFRN

Data:
2007

Publicação - Livros / Artigos

Assunto:
Música Armorial

Palavras-chave:
Década de 1970; Música erudita; Movimento Armorial; arte popular nordestina brasileira; Pernambuco

Resumo:
Dissertação em formato digital:
http://bdtd.bczm.ufrn.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1155

Este trabalho examina a presença da música na constituição imaginária dos espaços, tomando-se como objeto de estudo parte da produção musical do Movimento Armorial, lançado oficialmente em 1970 na cidade do Recife, Pernambuco. A partir daquilo que, segundo o discurso armorial, seria a "essência da arte popular nordestina brasileira", os armorialistas pretendem compor uma arte que expressasse uma idéia de nordestinidade e de brasilidade. Tenta-se aqui demonstrar de que maneira a música exerceu um papel fundamental de condensação e divulgação da estética armorial, delimitando auditivamente o território Nordeste e, ao mesmo tempo, procurando impor-lhe uma sonoridade.Este trabalho analisa ainda a elaboração do que seria uma paisagem sonora própria do Nordeste e como essa elaboração passa pelo desejo de criatalização de um espaço idealizado, eterno, linha de fuga da experiência modernizante e pós-modernizante características do século XX, fruto, por sua vez, da ânsia pela conservação do Nordeste enquanto refúgio das tradições que ficou evidenciada pela construção, além de uma visibilidade, também de uma audibilidade para o dito universo nordestino. Constata como, para a elaboração da música armorial, foram agenciados ainda elementos da cultura musical européia considerada erudita. , buscando autenticar uma pretensa ligação genética entre o que consideravam ser "a verdadeira arte popular brasileira" e cultura ibero-medieval. Este trabalho buscou, portanto, através da análise da música armorial, estudar as possíveis confluências entre a música e o espaço em que ela foi produzida para, partindo desta relação, pensar a cumplicidade entre música e história.