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Catatonia Integral. Gonzaguinha, a censura e o silenciamento dos malditos (1968-1978).

Tipo de documento:
Dissertação de mestrado

Autor:
Leila Medeiros de Menezes

Orientador:
Fernando Antonio Faria

Local:
UFRJ

Data:
2003

Publicação - Livros / Artigos

Palavras-chave:
1968 - 1978; Ditadura Militar; Música popular brasileira; Censura e repressão; Gonzaguinha

Resumo:
O trabalho estabelece o diálogo entre a política e a cultura popular, mais especificamente, a Música Popular Brasileira, no período compreendido entre 1968-1978, os chamados "Anos de Chumbo". Foi nesse período que se criou, por força da censura, toda uma geração de "malditos". Analisamos as intenções do estado autoritário brasileiro, amparado pelo aparato repressivo da censura, e as reações que esse aparato provocou na classe artística, em especial a dos compositores sobre os quais esse aparato se impôs. A "política do silêncio", estabelecida a partir do Ato institucional nº 5, assume o papel limitador de sujeitos no seu percurso de produção de sentidos. A palavra poética e, a todo momento, confrontada com a palavra política. Tomamos como estudo de caso o compositor Luís Gonzaga Junior que, resistindo pela palavra, soube confrontar a palavra poética com a palavra política, deixando explodir sua indignação, para se fazer plenamente ativo, atualizado, engajado, respondendo, assim, aos questionamentos de uma juventude que, na voz do compositor, "ansiava por ver o sol desvirginando a madrugada". Tornou-se, para o sistema, um "poeta maldito!".