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Flores no deserto: a Legião Urbana em seu próprio tempo.
Tipo de documento:
Dissertação de mestrado
Autor:
Luciano Carneiro Alves
Orientador:
Alcides Freire Ramos
Local:
UFU/MG - DH
Data:
2002
Publicação - Livros / Artigos
Descritivo:
Publicado como artigo. Ver ficha específica.
Assunto:
Análise da obra da banda Legião Urbana, buscando compreender as críticas feitas ao seu próprio tempo e a relação desta obra com o pós-modernismo.
Palavras-chave:
1978-1989; Legião Urbana; Rock; Renato Russo; Pós-modernismo
Resumo:
O objetivo dessa dissertação é analisar a obra da banda Legião Urbana referente aos seus quatro primeiros discos, Legião Urbana (1985), Dois (1986), Que País é Este – 1978-1987 (1987) e As Quatro Estações (1989), argumentando que entre 1978 e 1989, as canções saem de um ponto de partida punk, no qual há descrença em relação ao por vir, para uma esperança no futuro, explícita nas canções de As Quatro Estações, que compõem um universo de representações no qual é possível identificar o desejo de um amanhã harmonioso, em que os problemas do presente já estejam resolvidos. A descrença no futuro, de “Geração Coca-Cola”, que ironiza a capacidade dos “filhos da revolução” de construírem alguma coisa, cede lugar à idéia de que se, cada um fizer a sua parte, “amando o seu próximo com a si mesmo”, um amanhã melhor será possível. Nesse sentido, questionamos as análises que a partir de pressupostos pós-modernistas, identificam na poética de Renato Russo desilusão e desesperança quanto à possibilidade de futuro, por entendemos tratar-se de um olhar particularizado sobre as canções e, também, uma concepção restrita do que seja o pós-modernismo.
Fontes:
Não especificadas.
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