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Músicos de Sabará: a prática musical religiosa a serviço da Câmara (1749-1822)

Tipo de documento:
Dissertação de mestrado

Autor:
Daniela Miranda

Orientador:
Paulo Castagna

Local:
UFMG - UFCH

Data:
2000

Publicação - Livros / Artigos

Assunto:
Análise das atuações dos músicos da Vila Real de Sabará, que eram requisitados para trabalharem nos eventos promovidos pela câmara local.

Palavras-chave:
1749-1822; Música Colonial; Práticas Musicais; Vila Real de Sabará; Sabará

Resumo:
Esta dissertação apresenta uma análise da atividade musical exercida junto ao Senado da Câmara da Vila Real de Sabará no período de 1749 a 1822. Os músicos, além dos diversos outros representantes das artes e dos ofícios da Vila, eram regularmente requisitados para atuarem nos eventos promovidos pela Câmara. Assim, as festas transformaram-se no principal ponto de apoio desse trabalho, e seus registros, os meios pelos quais tornou-se possível a recuperação de importantes informações a respeito da demanda pela música, dos contratos efetuados, dos serviços cumpridos, e dos valores recebidos pelo serviço musical. O significado das práticas festivas e os interesses envolvidos na organização e promoção desses momentos também são abordados, e a estrutura instrumental e vocal dos conjuntos que atuavam nesses festejos é apresentada sob o amparo da bibliografia pertinente ao tema e dos inventários e testamentos dos músicos localizados.

Fontes:
Manuscritas
• Arquivo Público Mineiro (BH/MG), Fundo: Câmara Municipal de Sabará (CMS), Receita e Despesa:84, 108, 136, 140, 142, 143, 155, 163, 164, 165, 171, 176, 120, 181.
• Cartas de exame: 08, 13, 37, 122.
• Licenças para ofícios: 72, 172, 166.
• Testamentos e inventários: 20, 24, 53, 73, 111, 169.
• Batismos e óbitos: 64, 66.
• Ordens Régias: 118, 139.
• Arrematações: 04.
• Pagamentos: 59, 65.
• Prestação de Contas: 22, 58, 60, 68, 75, 75-A, 80, 83, 85, 86, 88, 90, 91, 94, 99, 115, 124, 125, 154.
• Contas do Procurador: 31, 63, 93-A, 97, 132, 135, 146, 158.
•Outros: 41, 104, 105, 131.
• Lojas: 01, 82, 101.
• Arquivo da Cúria Metropolitana de Belo Horizonte (BH/MG), Paróquia de Sabará - Visitas Pastorais - Visitador Dr. Lourenço J. Q. Coimbra - Livro 2 - 1734.
• Acervo Curt Lange, Livro Primeiro de Receita e Despesa da Irmandade de Santa Cecília (1817-1838)
• Arquivo da Casa Borba Gato (Sabará/MG), Fundo: Registro Geral da Câmara: (COR) 1 (1814-1816), (COR) 2 (1817-1822).
• Inventários, Cartório de Primeiro Ofício: 1726, (01)02, 1742, (02)09, 1780, (53)95, 1788, (188), 1789, (43)62. Cartório de Segundo Ofício: 1730, (02)02, [1781],(53)03, 1787, (61)07, [1787], (61)09, 1788, (62)05, 1790, (64)11, 1795, (67)14.
• Arquivo da Casa do Pilar (Ouro Preto/MG), Testamento, Cartório de Primeiro Ofício (CPO): 1836, Códice 323, Auto 6827. Inventário, Cartório de Segundo Ofício (CSO): 1831, Códice 29, Auto 331, 1783, Códice 8, Auto 78.
• Arquivo da Casa dos Contos (Ouro Preto/MG), Livro de Termos de Entrada de Irmãos da Confraria de Santa Cecília (1815-1820)

Impressas
• ANTONIL, André João. Cultura e Opulência do Brasil por suas Drogas e Minas. São Paulo: Editora Nacional, 1967.
• POSTURAS DA CÂMARA MUNICIPAL DE SABARÁ, 1821. RAPM, Ano XIII, 1908, p. 487-509. Belo Horizonte, Imprensa Official de Minas Geraes, 1909.

Bibliografia específica:
Periódicos:
ÁVILA, Affonso. Da Linguagem Barroca ao Discurso Reto: Dois Sermões na Vila
Real de Sabará. Revista Barroco. n.0 5, p. 65-83, 1973.
HOLLANDA, Sérgio Buarque de. (org.) O caso das corporações de ofícios.
História geral da civilização brasileira. O Brasil monárquico, tomo II, 1.0 Vol.
DIFEL, São Paulo, 1962, p. 26-29.
MOTT, Luis. Modelo de Santidade para um Clero Devasso. Revista do
Departamento de História, Belo Horizonte, p. 96-120, 1989.
NOVAIS, Fernando. O Reformismo Ilustrado Luso-Brasileiro - Alguns Aspectos.
Revista Brasileira de História, São Paulo, n.0 7, p. 105-18, 1984.
SOUZA, Laura de Mello. Os Ricos, os Pobres e a Revolta nas Minas do Século
XVIII (1707-1789). Minas Colonial: Economia, Trabalho e Sociedade. Análise & Conjuntura – Fundação João Pinheiro, Sistema Estadual de Planejamento, Belo Horizonte, vol. 4, n.os 2 e 3, p. 29-60, maio-dez./1989.

Livros, Teses e Dissertações:
BOSI, Alfredo. A Dialética da Colonização. São Paulo: Companhia das Letras,
1992.
BOXER, C. R. A Idade do Ouro do Brasil. (Dores de Crescimento de uma
Sociedade Colonial). São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969.
BRAUDEL, Fernand. Escritos sobre a História. São Paulo: Ed. Perspectiva, 1978.
CASTAGNA, Paulo. O estilo antigo na prática musical religiosa paulista e
mineira dos séculos XVIII e XIX. São Paulo: FFCL/USP, 2000. (Tese de
Doutorado)
CARRATO, José Ferreira. Igreja, Iluminismo e Escolas Mineiras Coloniais. (Notas
sobre a cultura da decadência mineira setecentista). São Paulo:
Companhia Editora Nacional/Editora da Universidade de São Paulo, 1968.
PRIORE, Mary del. Festas e Utopias no Brasil Colonial. São Paulo: Brasiliense,
1994.
HOLLANDA, Sérgio Buarque de. Visão do Paraíso: os motivos edênicos no
descobrimento e colonização do Brasil. São Paulo: Ed. Nacional/Secretaria
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RAYNOR, Henry. História Social da Música: da Idade Média a Beethoven. Rio
de Janeiro: Guanabara, 1986.
REIS, João José. A Morte é uma Festa: ritos fúnebres e revolta popular no
Brasil do século XIX. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
SOUZA, Laura de Mello. Desclassificados do Ouro: a pobreza mineira no
século XVIII. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1986.
SOUZA, Laura de Mello. Norma e Conflito: Aspectos da História de Minas no
Século XVIII. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1999.