Uma “colcha de retalhos”. A música em cena em São Paulo entre o final do século XIX e início do XX. Denise Sella Fonseca. Dissertação de mestrado. DH-FFLCH-USP. 2014

TEXTO                          

 

"Peças encenadas entre 1891 e 1913"

 

ÁUDIO

Roteiro de escutas

 

Capítulo 1 – A música entra em cena em São Paulo

1.  Duo dos Paraguas”(Frederico Chueca), número da zarzuela El ano passado por Agua (adaptado a diversas peças)

 

                     Intérpretes: Luisa Torres e Pedro Peña

                     Gravação para o especial televisivo “El Madrid de Chueca”, transmitido pela Telemadrid, com direção artística do maestro Jose Antonio Torres Acosta

                      Sem data.

2. Encenação da Viúva Alegre, de Franz Lehár

Regência: Frederico Gerling Júnior.

Elenco do Coral e Orquestra da PUC-RS. Distribuição dos papéis principais:

           Hanna Glawari - Adriana de Almeida (soprano)

Valencienne - Andrea Ferreira (soprano)

Conde Danilo Danilowitsch - Paulo Szot (barítono)

Camille de Rossillon - Flávio Leite (tenor)

Barão Mirko Zeta - Pedro Spohr (baixo)

Niegus - Marcelo Adams

Julho de 2004

Salão de Atos da PUC-RS


Capítulo 3 – As linguagens dos espetáculos musicados

3.  “Brindis de Jorge, número musical da zarzuela Marina, música de Emilio Arrieta

                        Intérprete: Emilio Sagi-Barba, barítono, no papel de Jorge.

Sem data (provavelmente entre as décadas de 1910 e 1920)

 

     Transcrição da letra:

 

JORGE

A beber,a beber, a ahogar

el grito del dolor,

que el vino hará olvidar

las penas del amor.

CORO

A beber, a beber, a apurar,

la copa del licor,

que el vino hará ahuyentar

las penas del amor.

JORGE

¡A dónde vais huyendo

las ilusiones,

que nos dejáis sin vida

los corazones!

Y en pago del tormento

de tanto amar,

¡se va el suspiro al viento

y el llanto al mar!

Pero no importa,

bebamos más;

que la vida más ligera

con el vino pasará.

A beber, a beber, a ahogar,

el grito del dolor,

que el vino hará olvidar

las penas del amor.

CORO

A beber, a beber, a apurar,

la copa del licor,

que el vino hará ahuyentar

las penas del amor.


ROQUE

De este sabroso jugo

la blanca espuma

aleja de las penas

la negra bruma:

Si Dios hubiera hecho

de vino el mar,

yo me volviera pato

para nadar.

Esta es la fija,

bebamos más,

que ante vino tan sabroso

mi gaznate es un brocal.

JORGE

A beber, a beber, a ahogar

el grito del dolor

(...)

ROQUE

A beber, a beber, a apurar

la copa del licor,

CORO

A beber, a beber, a apurar

la copa del licor,

(...)

 


4.  Seguidillas La luz abrasadora”, número ópera Marina, música de Emilio Arrieta.

              Intérprete: Marcos Redondo, barítono, no papel de Roque.

              1929

              

    Letra:

 

ROQUE

La luz abrasadora de tu pupila,

me está dejando el cuerpo

Como uma anguila.

Es uma brea

que mi sangre y mis huesos

calafatea.

CORO

Te vas a deshacer,

te vas a evaporar,

si expones al calor

tu sangre de alquitrán

ROQUE

No enseñes em la playa

la pantorrilla,

que hay muchos tiburones

junto a la orilla.

Y es uma pesca

que va siempre acechando

la carne fresca.

CORO

La niña que a la mar

se va a lavar los pies,

procúrese guardar

que no la pique um pez.


5.  A Alvorada, romanza da autoria de Francisco de Assis Pacheco

            Intérprete: Medina de Souza

            Coleção Humberto Franceschi - Instituto Moreira Salles

            Victor Record, disco 78 rpm

             1908-1912

  Esse áudio foi cedido pelo Instituto Moreira Salles:     http://acervo.ims.uol.com.br/index.asp?codigo_sophia=2440

              

6.  Co co ro có, maxixe da autoria de Francisco de Assis Pacheco

            Intérprete: Medina de Souza e Olimpio Nogueira

            Coleção Humberto Franceschi - Instituto Moreira Salles

            Victor Record, disco 78 rpm

              1908-1912

Esse áudio foi cedido pelo Instituto Moreira Salles:    http://acervo.ims.uol.com.br/index.asp?codigo_sophia=2312

 

Transcrição da letra:

 

 

OLIMPIO

Minha morena é meu feitiço

Ai, sensual, então que é isso

Só por meu peito se abrasa

Maria tem meu fogão

Tipo de cola de raça

Da Praia Grande ao Japão

MEDINA

Pois eu quero uma casinha

(...)

Com sala, quarto e cozinha

E quintal certo e refrão

REFRÃO:

Amor, amor

(...)

Vamor morar minha negrinha

Vamos morar minha paixão

E que bonita minha sala

Ser atual, ser a Maria

Ser a solteira Maria

Co co ro có

Lá canta o galo

Qui qui ri qui

O pinto pia

Salta o João e monta a cavalo

Lá em casa fica a dona Maria


Co co ro có

Qui qui ri qui

Co co ro có

Qui qui ri qui

Co co ro có

Qui qui ri qui

[imita som do galo]

Co co ro có

OLIMPIO

Minha morena é meu feitiço

Ai, sensual, então que é isso

Eu estou minha morena

(...)

Uma casinha pequena

Que caibam dois corações

MEDINA

Lá em casa muito branquinha

(...) na frente

(...)

Quanto brinquedo inocente

 

[Repete refrão]